A proporção de cheques devolvidos em relação ao total de documentos
compensados em março último atingiu 2,32%, taxa acima do percentual
registrado no mês anterior (2,19%) e superior também à de igual período
do ano passado (2,21%). De acordo com a pesquisa Indicador Serasa
Experian de Cheques Sem Fundos, a inadimplência foi a quarta mais
elevada do gênero em um mês de março desde 1991, quando teve início o
levantamento.
A maior taxa de devolução nesse período ocorreu em
2009 com índice equivalente a 46%, seis meses após a eclosão da crise
financeira internacional. Embora ruim, o resultado de março último ficou
aquém ainda do observado no mesmo mês dos anos de 2006 (2,43%) e 2013
(2,36%).
Os economistas da Serasa Experian informam que houve
influência de pressões conjunturais, além da concentração de encargos
financeiros característicos do período como impostos relacionados à
imóveis, veículos, despesas com material escolar, viagens de férias
entre outros. Segundo eles, a população teve mais dificuldades em honrar
os pagamentos também sob o efeito do “aumento da inflação por conta de
uma série de reajustes de preços administrados de energia elétrica,
transporte urbano, gasolina, [sem deixar de mencionar] elevação dos
índices de desemprego e das taxas de juros”.
Quando analisadas o
desempenho do primeiro trimestre, o estado do Amapá aparece na frente
como o maior emissor de cheques sem fundo do país com taxa acumulada de
21,62%. Em posição oposta, São Paulo teve a menor taxa com 0,93%. Por
região, o Norte do país apresentou a pior condição com 6,89% dos cheques
devolvidos. Já a menor proporção foi registrada no Sudeste com 1,32%.
Fonte: Agência Brasil
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