sexta-feira, 24 de abril de 2015

Governo multa Gol, TAM, Marajoara e Chrysler por violarem o CDC

As quatro empresas foram multadas em cerca de R$10 milhões por “violação aos princípios da boa-fé e da transparência”

As empresas TAM, Gol, Marajoara Laticínios e Chrysler são acusadas de cometerem violações às regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC). De acordo com despachos publicados no Diário Oficial da União na última segunda-feira, 20, as quatro empresas foram multadas em cerca de R$10 milhões por “violação aos princípios da boa-fé e da transparência”. (foto: Divulgação)
A decisão deixa clara uma posição mais dura do Estado na defesa dos interesses dos consumidores e confirma o fortalecimento da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.
As quatro empresas são acusadas de praticar irregularidades como venda casada de produtos e serviços; demora em realizar a troca e o reparo de peças defeituosas; omissão de informações úteis nas embalagens; além de má-fé e falta de transparência com o consumidor. As sanções mais duras foram aplicadas às companhias aéreas TAM e Gol. As empresas são acusadas de induzir o consumidor a erro, por não informar, na hora da venda das passagens pela internet, a opção pela compra do seguro viagem, que já vinha marcada previamente.
Sanção igualmente pesada foi aplicada à Chrysler, que terá de pagar R$ 1,962 milhão, por ter demorado seis meses para convocar clientes para recall de apenas três unidades do modelo Dodge Ram 2500. De acordo com a investigação do DPDC, o veículo apresentava falhas como perda de direção causada pela quebra do terminal esquerdo.
Assegurar a segurança dos clientes também foi a justificativa dada pela Senacon para reafirmar a multa de R$ 308 mil aplicada pelo DPDC à indústria de laticínios Marajoara. A empresa informou valores nutricionais diferentes do que fora constatado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Agricultura do seu leite integral. “A Marajoara apresentou uma tabela de valores nutricionais inverídica, o que certamente levou muitos consumidores ao erro”, sentenciou Juliana Pereira.
No processo, constatou-se que o valor de proteínas contidas no produto estava 25,7% abaixo do informado na embalagem do leite. As regras da Anvisa permitem uma variação de até 20% do informado, para cima ou para baixo, por causa de imprecisões que podem ocorrer durante a manipulação do alimento pela indústria. Parece uma diferença pequena, mas, em se tratando de informações nutricionais, qualquer variação além do limite permitido pode representar risco à saúde dos clientes, diz a secretária da Senacon. “Quando estamos falando em informações nutricionais do leite, o nível de preocupação é sempre muito grande. Afinal, estamos falando de um produto que é consumido tanto por pessoas adultas quanto por crianças e bebês”, reforçou. A reportagem não conseguiu contatar a empresa via sua assessoria de imprensa.
Fonte: Reclame Aqui

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