Os segurados de planos de saúde suplementar vão contar agora com mais
informações sobre as operadoras para que, na hora de trocar de plano ou
fechar um contrato, poder avaliar a qualidade do serviço. A Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou ontem (28) uma atualização
dos Dados Integrados da Qualidade Setorial, que traça um novo panorama
dos planos de saúde e do setor no Brasil.
Foram introduzidas informações, por exemplo, como preço médio (ticket)
de planos de saúde disponíveis no mercado e por operadora, além de
dados de sinistralidade (relação entre receita e despesa) das empresas.
A
diretora presidenta substituta da ANS, Martha Regina de Oliveira,
destacou que os dados são um dos eixos da nova agenda regulatória. Com
isso, segundo ela, a agência quer aumentar a transparência do setor. “O
que a gente está chamando de empoderamento do consumidor”, disse. O
que, na opinião da diretora, significa dar ao beneficiário uma
informação que lhe seja útil, destacou Martha Tegina.
A
meta, de acordo com ela, é ir agregando cada vez mais informações que
reflitam a assistência e a qualidade dos planos de saúde. “E que isso
possa ser usado na hora de trocar de plano por portabilidade, na hora de
comprar um plano ou mesmo na hora de acompanhar como está indo a sua
operadora”.
O estudo inclui dados referentes ao perfil de
qualidade da rede de planos, quais as ofertas do produto, qualificação
das operadoras, se a operadora é ou não acreditada. O objetivo é
facilitar ao consumidor avaliar as empresas e fazer comparação entre as
operadoras, “de uma maneira mais rápida e acessível, sem que ele tenha
que buscar as informações em vários lugares diferentes”.
Martha
Oliveira disse ainda que a meta é promover a atualização dos dados a
cada seis meses, pelo menos. “A gente quer usar isso também para gerar
mudança e resultado no setor”.
Atualmente, existem no Brasil 1,4
mil operadoras de planos de saúde com registro ativo e 1,2 mil com
beneficiários. Elas totalizam 72,2 milhões de beneficiários, sendo 50,8
milhões de consumidores em planos de assistência médico-hospitalar e
21,4 milhões em planos exclusivamente odontológicos. De acordo com a
ANS, foram realizadas no ano passado pelas operadoras de planos de saúde
56 milhões de terapias, 280,3 milhões de consultas médicas, 9,7 milhões
de internações e 763 milhões de exames complementares.
Fonte: Agência Brasil
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