terça-feira, 19 de maio de 2015

Sites ajudam a economizar na compra de remédios

Homem doente: Comparadores de preços de medicamentos apontam que preços podem variar até 77%. Conheça as opções
Para economizar na compra de remédios, os consumidores têm como aliados comparadores de preços especializados em medicamentos e produtos de saúde, como o Consulta Remédios, CliqueFarma, Multifarmas e Easy Farma.
Esses sites permitem realizar diversos tipos de buscas, comparar preços nas farmácias mais próximas ao consumidor e até realizar o pedido do medicamento pela própria plataforma.
De acordo com pesquisa realizada na cidade de São Paulo pelo Procon em setembro do ano passado, a última disponível, a diferença de preços de um mesmo remédio em diferentes farmácias pode chegar a 280,06% entre medicamentos de referência e até 875,84% entre os genéricos.
Todo medicamento vendido no Brasil tem um preço máximo que pode ser praticado pelas farmácias, que é definido pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Como as farmácias podem praticar qualquer valor abaixo desses limites, que dependem da negociação entre as redes ou loja com os fornecedores, a variação de preços no mercado acaba sendo maior, diz Paulo Daniel Vion, diretor do Consulta Remédios.
Ele afirma que a flutuação de preços costuma ser maior entre as lojas físicas, mas também é possível obter bons descontos entre as lojas virtuais.
No Easy Farma, que compara preços entre lojas físicas, a diferença de preço de um medicamento chega a variar 30% em lojas localizadas em uma mesma rua, diz Eduardo Ferreira, diretor da Maino Sistemas, que gerencia o site. “Em bairros diferentes, a diferença pode ser ainda maior”.
Já nas lojas virtuais, os preços de alguns anticoncepcionais e remédios oncológicos podem registrar variação de até 40%, diz Vion.
Ângelo Alves, fundador do Cliquefarma, aponta que pesquisar preços de produtos contra assaduras em bebês, por exemplo, pode render até 77% de economia ao consumidor.
Como funciona
Cada site trabalha com uma determinada rede de fornecedores. Assim, cada um disponibiliza os preços das lojas com as quais possui parceria. 
O Consulta Remédios, o Clique Farma e o Multifarmas têm parcerias com sites de comércio eletrônico de grandes redes de farmácias, como Drogasil, DrogaRaia e Panvel, por exemplo, além de redes regionais de menor porte.
Mas o Consulta Remédios consegue ter uma base maior de parceiros porque oferece uma plataforma para que empresas que não têm site na internet possam criar sua loja virtual. “São 30 sites de redes e farmácias que já têm presença online e cerca de 270 lojas virtuais que utilizam a nossa plataforma”, diz Vion.
Em todos eles, os preços anunciados valem apenas para compras pela internet. As lojas físicas podem ou não cobrar os mesmos valores, conforme a estratégia de cada rede.
Já o Easy Farma compara apenas preços de produtos vendidos nas lojas físicas mais próximas do consumidor por meio de uma ferramenta de geolocalização. Por enquanto, o site funciona apenas na cidade do Rio de Janeiro, e tem trinta farmácias parceiras localizadas em diversas regiões da cidade.
Todas as compras são realizadas nos sites das próprias redes e lojas. Os comparadores apenas redirecionam o consumidor para o endereço. No Easy Farma, o pedido é realizado pelo site, mas o pagamento do produto é feito ao entregador da farmácia escolhida pelo consumidor.
A Anvisa somente permite a comercialização de remédios online por farmácias que tenham lojas físicas. Os comparadores de preço garantem que checam se as lojas parceiras estão de acordo com as normas da agência.
Nos sites, é possível filtrar as buscas por categoria (analgésico, anti-inflamatórios, por exemplo); sintomas (como dor de cabeça, febre, etc.); laboratório; ou pela divisão entre medicamentos de referências e genéricos. Também é possível detalhar a busca pela dosagem e número de comprimidos.
O foco do Easy Farma é mostrar opções de farmácias que realizam entregas rápidas. “No site o consumidor não irá encontrar necessariamente o menor preço, mas o melhor preço oferecido na região por farmácias que entregam o produto de forma rápida, que, aliás, geralmente é uma necessidade do consumidor”, diz Eduardo Ferreira, diretor da Maino Sistemas.
Dicas
Dependendo do tipo de medicamento genérico, o produto pode ser comercializado por até cinco laboratórios diferentes, o que também torna a pesquisa importante, diz Vion. “Essa informação pode não ser repassada ao consumidor na farmácia e impedir que ele consiga um desconto maior. No site ele consegue verificar todas as opções”.
No Consulta Remédios é possível também pesquisar quais lojas virtuais têm todos os medicamentos que o consumidor precisa. “A comparação já mostra o preço total cobrado por grupo de produtos em cada loja”.
Pesquisar preços de medicamentos online também permite verificar todas as quantidades nas quais o remédio é vendido. “Geralmente é mais vantajoso comprar caixas de medicamentos em quantidades maiores em vez de duas caixas com menos comprimidos, por exemplo”, diz Vion.
Verificar o valor máximo que pode ser cobrado por cada medicamento, conforme determinação da Anvisa, ajuda o consumidor a checar se a oferta anunciada é, de fato, real. “Por exemplo, um remédio que esteja sendo vendido por um preço 5% menor do que o valor máximo não pode ser anunciado com desconto de 20%”, diz o diretor do Consulta Remédios.
Antes de adquirir o produto, também é necessário verificar se o custo do frete compensa o preço mais baixo oferecido pelo site ou loja física. Algumas farmácias não cobram pela entrega, e outras isentam o consumidor do frete caso realize compras maiores.
Fonte: MSN

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