Para economizar na compra de remédios, os consumidores têm como
aliados comparadores de preços especializados em medicamentos e produtos
de saúde, como o Consulta Remédios, CliqueFarma, Multifarmas e Easy Farma.
Esses
sites permitem realizar diversos tipos de buscas, comparar preços nas
farmácias mais próximas ao consumidor e até realizar o pedido do
medicamento pela própria plataforma.
De acordo com pesquisa
realizada na cidade de São Paulo pelo Procon em setembro do ano passado,
a última disponível, a diferença de preços de um mesmo remédio em
diferentes farmácias pode chegar a 280,06% entre medicamentos de
referência e até 875,84% entre os genéricos.
Todo
medicamento vendido no Brasil tem um preço máximo que pode ser
praticado pelas farmácias, que é definido pela Agência de Vigilância
Sanitária (Anvisa). Como as farmácias podem praticar qualquer valor
abaixo desses limites, que dependem da negociação entre as redes ou loja
com os fornecedores, a variação de preços no mercado acaba sendo maior,
diz Paulo Daniel Vion, diretor do Consulta Remédios.
Ele afirma
que a flutuação de preços costuma ser maior entre as lojas físicas, mas
também é possível obter bons descontos entre as lojas virtuais.
No
Easy Farma, que compara preços entre lojas físicas, a diferença de
preço de um medicamento chega a variar 30% em lojas localizadas em uma
mesma rua, diz Eduardo Ferreira, diretor da Maino Sistemas, que gerencia
o site. “Em bairros diferentes, a diferença pode ser ainda maior”.
Já
nas lojas virtuais, os preços de alguns anticoncepcionais e remédios
oncológicos podem registrar variação de até 40%, diz Vion.
Ângelo Alves, fundador do Cliquefarma, aponta que pesquisar preços de produtos contra assaduras em bebês, por exemplo, pode render até 77% de economia ao consumidor.
Ângelo Alves, fundador do Cliquefarma, aponta que pesquisar preços de produtos contra assaduras em bebês, por exemplo, pode render até 77% de economia ao consumidor.
Como funciona
Cada site
trabalha com uma determinada rede de fornecedores. Assim, cada um
disponibiliza os preços das lojas com as quais possui parceria.
O
Consulta Remédios, o Clique Farma e o Multifarmas têm parcerias com
sites de comércio eletrônico de grandes redes de farmácias, como
Drogasil, DrogaRaia e Panvel, por exemplo, além de redes regionais de
menor porte.
Mas o Consulta Remédios consegue ter uma base maior
de parceiros porque oferece uma plataforma para que empresas que não têm
site na internet possam criar sua loja virtual. “São 30 sites de redes e
farmácias que já têm presença online e cerca de 270 lojas virtuais que
utilizam a nossa plataforma”, diz Vion.
Em todos eles, os preços
anunciados valem apenas para compras pela internet. As lojas físicas
podem ou não cobrar os mesmos valores, conforme a estratégia de cada
rede.
Já o Easy Farma compara apenas preços de produtos vendidos
nas lojas físicas mais próximas do consumidor por meio de uma ferramenta
de geolocalização. Por enquanto, o site funciona apenas na cidade do
Rio de Janeiro, e tem trinta farmácias parceiras localizadas em diversas
regiões da cidade.
Todas as compras são realizadas nos sites das
próprias redes e lojas. Os comparadores apenas redirecionam o consumidor
para o endereço. No Easy Farma, o pedido é realizado pelo site, mas o
pagamento do produto é feito ao entregador da farmácia escolhida pelo
consumidor.
A Anvisa somente permite a comercialização de remédios
online por farmácias que tenham lojas físicas. Os comparadores de preço
garantem que checam se as lojas parceiras estão de acordo com as normas
da agência.
Nos sites, é possível filtrar as buscas por categoria
(analgésico, anti-inflamatórios, por exemplo); sintomas (como dor de
cabeça, febre, etc.); laboratório; ou pela divisão entre medicamentos de
referências e genéricos. Também é possível detalhar a busca pela
dosagem e número de comprimidos.
O foco do Easy Farma é mostrar
opções de farmácias que realizam entregas rápidas. “No site o consumidor
não irá encontrar necessariamente o menor preço, mas o melhor preço
oferecido na região por farmácias que entregam o produto de forma
rápida, que, aliás, geralmente é uma necessidade do consumidor”, diz
Eduardo Ferreira, diretor da Maino Sistemas.
Dicas
Dependendo
do tipo de medicamento genérico, o produto pode ser comercializado por
até cinco laboratórios diferentes, o que também torna a pesquisa
importante, diz Vion. “Essa informação pode não ser repassada ao
consumidor na farmácia e impedir que ele consiga um desconto maior. No
site ele consegue verificar todas as opções”.
No Consulta Remédios
é possível também pesquisar quais lojas virtuais têm todos os
medicamentos que o consumidor precisa. “A comparação já mostra o preço
total cobrado por grupo de produtos em cada loja”.
Pesquisar
preços de medicamentos online também permite verificar todas as
quantidades nas quais o remédio é vendido. “Geralmente é mais vantajoso
comprar caixas de medicamentos em quantidades maiores em vez de duas
caixas com menos comprimidos, por exemplo”, diz Vion.
Verificar o
valor máximo que pode ser cobrado por cada medicamento, conforme
determinação da Anvisa, ajuda o consumidor a checar se a oferta
anunciada é, de fato, real. “Por exemplo, um remédio que esteja sendo
vendido por um preço 5% menor do que o valor máximo não pode ser
anunciado com desconto de 20%”, diz o diretor do Consulta Remédios.
Antes
de adquirir o produto, também é necessário verificar se o custo do
frete compensa o preço mais baixo oferecido pelo site ou loja física.
Algumas farmácias não cobram pela entrega, e outras isentam o consumidor
do frete caso realize compras maiores.
Fonte: MSN
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