Em períodos de crise, é preciso ser ainda mais intransigente com
desperdícios. Isso implica um olhar mais acurado não somente para os
custos de fabricação como também para as despesas mensais.
Tem
redução de custos que está atrelada a mudança de tecnologia, a
crescimento e outros caminhos que implicam em investimentos. Nem sempre
na crise isso é factível, seja por falta de financiamento ou de reservas
suficientes para fazer o investimento. O fato é que, na crise, as
folgas financeiras diminuem e até mesmo desaparecem. O foco aqui,
portanto, não é a redução de custos associada a investimentos.
A
redução de custos e de despesas pode ser obtida mediante três perguntas
básicas. “É possível fazer a mesma coisa com os menos recursos,
gastando-se menos?”. “Essa redução de recursos afeta negativamente a
qualidade do produto ou serviço que ofereço?” “A demanda aceitará essa
redução na qualidade se ela for acompanhada de uma redução no preço?”.
Muitas
vezes, na crise, a demanda aceita uma redução na qualidade com uma
redução de preço. Afinal, ela também precisa apertar o cinto.
Adicionalmente, não se pode descartar a hipótese que uma redução do
custo significativa tenha o lucro sustentado mediante a quantidade maior
vendida. Isso, obviamente, vai depender do tipo de produto ou serviço a
ser oferecido. Mas se a demanda não aceitar essa redução de qualidade,
mesmo com redução do preço, não busque esse caminho.
Alternativas
incluem esforços para uma melhor negociação com os fornecedores, em
prazo de pagamento, descontos por quantidade e lotes promocionais. Eles
também podem estar com dificuldades, precisando ajudar seus compradores.
Outra
frente diz respeito às despesas e retiradas. Aceite uma redução da sua
remuneração e do lucro, até para legitimar a redução em outros itens.
Como mensagem aos funcionários, é preciso reavaliar privilégios e
benefícios extras que podem ser reduzidos ou cortados temporariamente.
Despesas como carros, celulares e viagens devem ter um controle maior
sobre a sua necessidade.
Estabelecer
novos limites para as despesas ou mudar as alçadas de decisão também
pode ajudar. Reduzir o consumo de água, energia, telefonia, papel também
pode fazer a diferença. Repasse todos os itens sob o questionamento:
“dá para reduzir sem afetar as vendas?” e atente-se para o fluxo
financeiro. Em tempos de crise, os juros aumentam e entrar no cheque
especial ou em empréstimos por desorganização custará mais caro.
E
cuidado! Não caia na sedução de reduzir naquilo que parece fácil como o
percentual de comissão dos vendedores. Na crise, muito provavelmente
você precisará ainda mais deles. A demanda não estará aquecida e quem
atender melhor terá mais chance de vender. Às vezes até um aumento de
comissão deve ser considerado.
A partir dessa necessidade das vendas,
volte-se para os demais itens e comece a perguntar o que pode ser
cortado. A redução dos privilégios, dos extras e depois de todas as
despesas deve estar subordinada à necessidade das vendas.
Fonte: MSN
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