Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 6,3% de março para maio
deste ano, alcançando 96,4 pontos e registrando o quarto mínimo
histórico consecutivo. Quando comparado a maio do ano passado, o ICF
acumula queda de 21,2%, com todos os quesitos se mantendo nos menores
valores de suas séries históricas.
Os dados foram divulgados hoje
(19) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC). De acordo com a CNC, o índice atingiu, pela primeira vez, um
nível menor do que 100 pontos, significando que ficou abaixo da zona de
indiferença e indicando "uma percepção de insatisfação com a situação
atual”.
A retração foi maior entre as famílias com renda abaixo de
dez salários mínimos, com redução de 6,4% na comparação mensal. Entre
as famílias com renda acima de dez salários mínimos, a queda da intenção
de consumo caiu 6,1% de abril para maio. Segundo a CNC, o índice das
famílias mais ricas chegou a 94,5 pontos e o das demais a 97 pontos.
Na
mesma base comparativa, os dados regionais revelaram que a maior
retração ocorreu na Região Sudeste, com queda de 9,2%. A avaliação mais
positiva foi registrada na Região Centro-Oeste, com redução de apenas
0,3%.
Para a CNC, os números refletem “o elevado custo do crédito e
o alto nível de endividamento das famílias, que permanecem como os
principais motivadores do enfraquecimento na intenção de compras a
prazo”. O componente Acesso ao Crédito novamente registrou quedas
mensais e anuais de 7,7% e 22,1%, respectivamente, atingindo o menor
nível da série, com 99,3 pontos e abaixo do nível de indiferença.
O
componente Emprego Atual registrou quedas de 3,4% em relação ao mês
anterior e de 10,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. “O
percentual de famílias mais seguras em relação ao Emprego Atual –
quesito que vem diminuindo a cada mês e que no mês anterior estava em
40% é hoje de 37,2%”, destacou a CNC.
Em relação às regiões
pesquisadas, Centro-Oeste, Sul e Nordeste têm as famílias mais
confiantes em relação ao Emprego Atual. As regiões Norte e Sudeste
registraram menor nível de confiança.
O componente Nível de
Consumo Atual apresentou quedas de 7,4% em relação ao mês anterior e de
24,8% sobre o mesmo período do ano passado. A maior parte das famílias
declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado (46,8%
ante 43,3% em abril).
Fonte: Agência Brasil
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