A taxa média de juros do crédito para as famílias subiu em abril, de
acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (27). De março
para o mês passado, a alta chegou a 1,7 ponto percentual, com a taxa de
56,1% ao ano, a mais alta da série histórica do BC, iniciada em março de
2011.
A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, teve leve alta de 0,1% e ficou em 5,3% para as pessoas físicas.
A
taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de
crédito, que subiu 1,7 ponto percentual para 347,5% ao ano. A taxa média
das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão
de crédito e dos saques parcelados subiu 3,1 pontos percentuais para
114,6% ao ano.
A taxa do cheque especial chegou a 226% ao ano, em
abril, com alta de 5,6 pontos percentuais. Já a taxa do crédito
consignado (com desconto em folha de pagamento) chegou a 26,9% ao ano.
A
taxa média do crédito para as empresas subiu 0,1 ponto percentual, para
26,6% ao ano. A inadimplência das empresas subiu 0,2 ponto percentual,
para 3,9%.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm
autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas
de juros.
No caso do direcionado (empréstimos com regras
definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores
habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros do crédito
para as empresas subiu 0,6 ponto percentual para 9% ao ano. No caso das
famílias, houve redução de 0,1 ponto percentual, com taxa em 8,4% ao
ano.
A inadimplência do crédito direcionado subiu 0,1% tanto para empresas (0,7%) quanto para pessoas físicas (1,9%).
O
saldo das operações de crédito no país chegou a R$ 3,061 trilhões, em
abril, com crescimento de 0,1% no mês e 10,5% em 12 meses. No ano, a
expansão ficou em 1,4%.
Fonte: Agência Brasil
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