O programa Ciência sem Fronteiras deve se preocupar em aproveitar a
experiência dos bolsistas quando retornam ao Brasil. É o que defende o
presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes), Abilio Baeta Neves, em entrevista à TV Brasil:
“O programa tem que ter reinserção para que depois o estudante não
fique rolando no mercado de trabalho ou fique sem a inserção adequada.
Isso não é interessante”.
O programa Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder inicialmente 101 mil bolsas - 75 mil bancadas pelo setor público e 26 mil por empresas privadas. As bolsas são voltadas para as áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e de saúde. Uma segunda fase do programa deveria ter começado no ano passado, mas em ano de ajuste fiscal, após concluir a meta inicial, o programa foi suspenso para avaliação.
O programa Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder inicialmente 101 mil bolsas - 75 mil bancadas pelo setor público e 26 mil por empresas privadas. As bolsas são voltadas para as áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e de saúde. Uma segunda fase do programa deveria ter começado no ano passado, mas em ano de ajuste fiscal, após concluir a meta inicial, o programa foi suspenso para avaliação.
No último dia 25, a Capes anunciou algumas das modificações
que deverão ocorrer, entre elas o fim das bolsas para a graduação. Na
primeira fase, 78,9% das bolsas foram concedidas a graduandos.
Neves
diz que os critérios para a selação de bolsistas na pós-graduação, que
inclui análise de projeto e adequação às linhas de pesquisa das
instituições internacionais, deve ser mantido, mas que o Ciência sem
Fronteiras deve se preocupar com o aproveitamento dos estudantes quando
retornam ao país. Ao falar sobre as bolsas de doutorado e pós-doutorado,
lembra que é preciso pensar na inserção dos pesquisadores.
“A
ideia de mandar para o exterior é que isso seja proveitoso para o nosso
sistema de pesquisa”, afirma o presidente. “Reinserir esses indivíduos
em um sistema universitário de pesquisa ou inovação é importante para
que o programa tenha o impacto desejado desde o início”.
A
reformulação ainda está sendo feita e Neves não detalhou como será o
acompanhamento do retorno dos bolsistas. Segundo ele, o governo está
dialogando com as universidades para aumentar a participação delas no
acompanhamento dos intercambistas. “De certo modo, o programa aconteceu
sem grande envolvimento das universidades brasileiras. Houve um ganho
significativo pessoal, mas não houve impacto, não agregou tanto valor
assim aos cursos das universidades do Brasil”.
Fonte: Agência Brasil
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