Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD),
em parceria com um laboratório farmacêutico, mostrou que - entre
diabéticos e cuidadores - 92% acreditam que atividade física e
alimentação saudável são fundamentais para o controle da doença, mas 64%
não praticam exercícios regularmente. O estudo indicou que no Brasil
existem mais de 14,3 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que
corresponde a 9,4% da população.
O levantamento foi feito para
chamar a atenção para o Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro) e para
alertar sobre a doença. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 147
municípios.
O levantamento mostra, ainda, que 29% dos diabéticos
não suspeitavam que tinham a doença e a descobriram em exame de rotina e
que 66% acreditam que consultas médicas são a melhor forma de controlar
a doença. Dos entrevistados, 39% citaram a alimentação saudável. Mesmo
assim, 18% não sabem os problemas que a doença pode causar.
Obesidade e hereditariedade.
A
pesquisa avaliou os não diabéticos e mostrou que um a cada três nunca
mediu a glicemia e 32% alegaram ter pouca ou nenhuma informação sobre a
doença, enquanto 28% disseram não conhecer os sintomas. Entre os
entrevistados, 31% alegaram não saber quais as implicações de não tratar
a doença. Segundo a pesquisa, 89% acreditam que os principais fatores
de risco para o aparecimento do diabetes são a obesidade e 87% a
hereditariedade.
De acordo com dados da SBD, no Brasil existem
mais de 14,3 milhões de pessoas com diabetes. Entre 5% e 10% da
população pertencem ao tipo 1 e 90% ao tipo 2, dos quais 70% poderiam
ser prevenidos por adoção de estilo de vida mais saudável.
Segundos
os dados, a cada 11 adultos em 2015, um tinha diabetes, número que será
de um para cada dez em 2040. A cada seis segundos morre uma pessoa de
diabetes, totalizando 5 milhões de mortes em 2015.
“O diabetes é o
aumento da glicose no sangue e isso acontece principalmente pela
obesidade e como doença autoimune destruindo as células do pâncreas que
produzem insulina, no tipo 1. Na grande maioria das vezes, ela é
assintomática. No tipo 1 quando a doença aparece já vem com muitos
sintomas.
“No tipo 2, os sintomas aparecem com o nível de glicose
muito mais elevado e tardio. Mas muito antes disso já é diabético e o
relógio já começou a contar”, explicou o endocrinologista e
representante da SBD, Márcio Krakauer.
Perda de visão
O
diabetes pode levar a consequências como perda de visão, perda da
função dos nervos, dos rins, amputações nos pés, vasos sanguíneos do
corpo inteiro e aumento de risco de infarto. O tratamento é baseado
essencialmente em mudança de hábitos com alimentação saudável, prática
de exercícios físicos regulares, medicamentos orais e insulina.
“Um
dos mitos em que as pessoas acreditam é que o diabético não pode comer
doce. O açúcar aumenta o nível de glicose, então é preciso aprender a
comer e a dosar de acordo com cada indivíduo”, disse.
Entre os
fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes estão obesidade,
idade avançada, hereditariedade, consumo de álcool, tabagismo, ter tido
parto com criança de quatro quilos ou mais, diabetes na gravidez,
pressão ou colesterol altos.
“Com um ou mais desses fatores é
preciso fazer exames todos os anos e continuamente, seja o de ponta de
dedo ou de laboratório para diagnosticar o mais precocemente possível.
Se as pessoas não mudarem o seu comportamento isso vai piorar e vai
levar a complicações graves. Falta as pessoas sentirem que pode
acontecer com elas”, finalizou.
Fonte: EBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário