Se o posto de combustíveis se recusar a fazer o teste, você pode entrar em contato com o Procon e a ANP para que o local seja fiscalizado.
Você tem ideia da qualidade do combustível
que vai no seu carro? Já percebeu se deu algum problema depois de
abastecer? Muita gente tem essa dor de cabeça. Mas tem uma maneira de se
prevenir.
Abastecer o tanque com combustível de má qualidade pode
trazer problemas e muito prejuízo. De uma hora para outra, o catalisador, que era novo, ficou velho. E o carro, que estava bom, ficou
ruim.
"Dependendo do carro, o valor é alto. Pode sair engasgando
do posto, ele pode perder a aceleração. E até mesmo o carro parar em
alguma via e você correr o risco de ele não funcionar", diz Marcos
Paulino, dono de oficina.
É uma rotina na oficina que, com
frequencia, recebe um carro com problemas causados pela má qualidade do
combustível. Na semana passada, muitos motoristas procuraram oficinas
mecânicas, justamente por defeitos no motor e na injeção eletrônica,
como Janaína, que teve que arcar com gastos extras. "Foi colocado
[combustível] na terça-feira do feriado, de tarde. Quando foi a noite,
que a gente veio embora da chácara da minha sogra, já começou a amarrar,
sabe? O carro não estava querendo andar, estava amarrando o carro", ela
conta.
Muita gente pode não saber, mas o consumidor pode pedir o
teste de qualidade da gasolina, do etanol e do diesel. Por isso, os
postos de combustíveis são obrigados a ter um aviso ao cliente sobre a
possibilidade de testar gratuitamente os produtos.
O teste é
simples e rápido. É só misturar 50ml de gasolina com 50ml de água com
sal. Aí é só mexer o tubo de ensaio e o resultado sai em poucos minutos.
"Nós temos regulamentado 27% de etanol na gasolina. Como a gente
trabalha com 50ml, vamos considerar que podemos chegar a 13,5%. Então,
somado ao 50ml da solução [água e sal], eu posso atingir até 63,5ml para
o produto ficar dentro da especificação", explica Felipe Diebe, gerente
de posto.
A qualidade do etanol pode ser conferida na própria
bomba, onde deve haver uma placa indicando o nível de segurança do combustível. Se o volume estiver acima ou na mesma marca da linha
vermelha indicada nessa placa, pode abastecer.
Alessandra Lozano,
da OAB de Sorocaba, indica o que fazer em caso de problema. "Em caso de
adulteração, do veículo apresentar problema, é com a nota fiscal que
você vai comprovar que houve um nexo de causalidade entre o dano e o
abastecimento".
A melhor forma de evitar esse tipo de transtorno é
a prevenção e pedir para fazer o teste de qualidade é uma das
alternativas. "Devido a pressa, o consumidor acaba não pedindo, mas se
você tem alguma dúvida, o direito do consumidor está pedindo que seja
feita na hora a análise", afirma o dono de oficina Marcos Paulino.
Uma outra orientação é: se o posto se recusar a fazer o teste, você pode entrar em contato com o Procon e com a ANP, a Agência Nacional do Petróleo, para que eles fiscalizem o local.
Fonte: Hora 1
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