A redução dos juros básicos da economia para um dígito pela primeira
vez em quatro anos ajuda a aliviar a recessão e a recuperar empregos,
avaliam entidades da indústria. As associações de empresários elogiaram a
queda das taxas, mas cobraram a continuidade das reformas estruturais
que, segundo elas, aumentarão a competitividade da economia brasileira.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou acertada a decisão do Banco Central de cortar a taxa Selic de
10,25% para 9,25% ao ano. A entidade destacou que a aproximação das
taxas de juros nominais das reais (diferença entre juros e inflação)
melhorará as condições financeiras das famílias e estimularão o consumo e
o investimento.
A confederação, no entanto, pediu empenho do governo no corte de
gastos e do Congresso na tramitação das reformas econômicas para que os
juros não aumentem no futuro. “A recuperação do consumo e dos
investimentos deve ser acompanhada das reformas estruturais, como a da
Previdência Social, que são fundamentais para o equilíbrio das contas
públicas e a consolidação do crescimento sustentável do país”, informou o
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota.
A Federação
das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considerou acertada
a redução da Selic, mas criticou o aumento recente nos tributos sobre
os combustíveis. Para a entidade, a elevação do Programa de Integração
Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins) prejudica o combate à inflação e a retomada do crescimento.
“A
saída para a crise fiscal não passa por mais aumento de impostos, mas
pela adequação dos gastos públicos ao novo cenário econômico. E isso
depende das reformas, em especial a da Previdência. Essa é a única saída
para a recuperação da confiança de empresas e consumidores, condição
necessária para a retomada do crescimento econômico e da geração de
empregos”, informou a nota da Firjan.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário