A média dos salários de admissão no país aumentou 3,52%, no primeiro
semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2016. A remuneração
inicial ficou em R$ 1.463,67, de janeiro a junho deste ano, contra R$
1.413,84 nos primeiros seis meses de 2016. A média deste semestre também
ficou acima da registrada no primeiro semestre de 2014, que era o
melhor resultado registrado até então pelo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
De acordo com
os dados do Caged, houve uma reversão de tendência este ano, após duas
quedas consecutivas no primeiro semestre dos dois anos anteriores.
Depois de bater em R$ 1.434,62 em 2014, a média dos salários de admissão
caiu para R$ 1.454,62 em 2015 e para R$ 1.413,84, em 2016.
Mulheres
O
aumento foi maior para as mulheres, que tiveram média de R$ 1.370,29,
de janeiro a junho de 2017, contra R$ 1.314,48 nos primeiros seis meses
de 2016 (+4,25 %) . Para os homens, a alta foi de 3,20% na mesma
comparação, passando de R$ 1.475,05 para R$ R$ 1.522,23. No entanto, a
diferença salarial entre homens e mulheres permanece.
Os aumentos
salariais foram registrados em todas as regiões do país. O maior índice
foi verificado no Sudeste, chegando a uma alta de 3,98%, com valores
médios passando de R$ 1.516,75 para R$ 1.577,14. As mulheres do Sudeste
também tiveram vantagem, com aumento médio de 4,90%, enquanto que para
os homens o salto foi de 3,50%.
O segundo maior aumento foi da Região Sul, com 3,40% – alta de 4,05%
para mulheres e 3,08% para os homens. Depois, aparecem o Centro-Oeste
(+3,18% em média), Nordeste (+2,94 %) e Norte (+1,70 %) , sempre com
índices maiores para os salários de admissão femininos.
Apesar do
avanço no salário das mulheres, a análise de dados entre os estados do
país aponta que a diferença entre salários iniciais permance. Em São
Paulo, que registra a maior média salarial inicial, a remuneração dos
contratados foi de R$ 1.696,73, sendo R$ 1.777,31 para homens e R$
1.582,70 para mulheres.
Escolaridade
Novos
contratados com ensino superior foram a única categoria que registrou
queda no valor da reumuneração inicial, de 0,10%. A diminuição foi
motivada pelos salários masculinos, que baixaram 0,97%, uma vez que os
valores pagos para mulheres recém-contratadas subiram 0,96%, em média,
no primeiro semestre de 2017. Nos demais níveis de escolaridade foram
registrados aumentos na remuneração inicial, com índices maiores para
quem tem ensino médio incompleto (aumento de 3,16 %) , analfabetos
(aumento de 3,09 %) e ensino fundamental incompleto do 6º ao 9º ano
(avanço de 2,93 %) .
Balanço
No mês de junho, o mercado de trabalho brasileiro abriu 9.821 novos postos, variação de 0,03% em relação ao mês anterior.
Essa é a terceira expansão consecutiva e a quarta registrada no ano. No
acumulado do ano, o saldo alcançou 67.358 vagas de emprego abertas. No
mesmo período do ano passado, o saldo foi negativo, com 531.765 postos
de trabalho fechados a mais que abertos.
A expansão no setor da
agropecuária gerou o maior saldo positivo nos empregos do mês, com o
total de 36.827 postos de trabalho. No entanto, o resultado acumulado
nos últimos 12 meses ainda aponta uma redução de 749.060 postos de
trabalho. No mês de junho, as maiores reduções foram registradas nos
setores de construção civil (redução de 8.963 postos de trabalho),
indústria de transformação (redução de 7.887 postos), serviços (redução
de 7.273 postos) e comércio (com o fechamento de 2.747 vagas de
trabalho).
O recuo nas vagas no mês de junho foi registrado por
nove estados, que somados perderam 25.806 postos. O Rio Grande do Sul,
registrou a maior perda, com a redução de 9.513 postos de trabalho, em
todos os setore. Em seguida, estão Rio de Janeiro, com a redução de
5.689 vagas de trabalho; Paraná, com a perda de 3.561 postos de
trabalho; Distrito Federal, com redução de 2.484 postos e Santa
Catarina, com a redução de 1.546 vagas.
Fonte: EBC
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