O consumo de energia elétrica no país totalizou 233.221
gigawatts-hora (GWh) no primeiro semestre do ano, um crescimento de 0,4%
na comparação com o mesmo período de 2016. Os dados constam da Resenha
Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada hoje (1º) pela Empresa
de Pesquisa Energética (EPE). Segundo a empresa, o aumento de 0,4%
indica uma estabilidade.
Ligada ao Ministério de Minas e Energia,
a EPE é responsável pelo planejamento energético do país. Em junho, o
consumo de energia chegou a 37.816 Gwh, com expansão de 1,1% em relação
ao mesmo mês do ano passado.
O resultado nos primeiros seis meses
deste ano reflete o crescimento, principalmente, do setor residencial,
cuja expansão de janeiro a junho foi de 1,2%. A indústria fechou com
alta de apenas 0,1%, e o comércio, com queda de 0,7%.
Regionalmente,
o avanço de 0,4% no primeiro semestre foi puxado pela demanda do Sul do
país, que cresceu 2,2% no período. O Centro-Oeste registrou expansão de
0,6%. No Sudeste, maior centro consumidor do país e que responde por
mais de 60% de toda a demanda, houve alta de apenas 0,3%.
Na outra ponta, nas regiões Norte e Nordeste, o consumo fechou em queda 0,5% e 1%, respectivamente.
Consumo industrial
O
resultado do setor industrial no primeiro semestre deste ano (alta de
0,1%) é mais favorável do que nos anos anteriores. No primeiro semestre
do ano passado, o consumo de eletricidade nas indústrias havia fechado
em queda de 5%, depois de já ter registrado retração de 4,5% em igual
período de 2015.
A expansão da demanda por energia elétrica,
desta forma, reflete um pouco do comportamento da indústria nacional.
Números divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) indicam que a indústria fechou os primeiros seis meses do ano com expansão de 0,5%, o melhor resultado desde 2013.
Segundo
a EPE, o resultado da demanda industrial nacional, que totalizou 81.322
GWh de janeiro a junho, reflete, principalmente, o avanço expressivo da
Região Sul do país, que fechou o período com alta acumulada de 4,3%;
mas também as taxas negativas mais suaves do Sudeste e do Nordeste,
respectivamente -0,1% e -4,9%.
Os segmentos têxteis (4,9%) e
automotivo (4,4%) lideraram os avanços no consumo industrial de energia
no primeiro semestre do ano. Enquanto no ramo têxtil se destacaram os
estados de Santa Catarina (8,3%), São Paulo (3,6%) e Ceará (9,8 %), no
automobilístico o aumento na demanda foi mais relevante em São Paulo
(4,1 %), maior polo do país no setor.
Junho 2017/junho 2016
No
que diz respeito à expansão de 1,1% (37.816 GWh) na demanda por energia
elétrica na rede em junho deste ano, comparativamente a junho do ano
passado, o crescimento reflete resultados positivos em três das quatro
regiões do país, mas principalmente no Centro-Oeste, cuja alta foi 4,2%.
Na
Região Norte, houve crescimento de 2,3% e no Sul, de 1,6%. A única
região do país a fechar junho com resultado negativo na comparação com
igual mês do ano passado foi o Nordeste, onde a queda do consumo chegou a
1,6%.
Fonte: Agência Brasil
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