A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 6,3 bilhões em
julho. Trata-se do melhor resultado para o mês desde o início da série
histórica do governo, em 1989. O saldo positivo supera o recorde de
julho de 2006, quando a balança ficou positiva em US$ 5,659 bilhões.
Os
dados foram divulgados hoje (1°) pelo Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços. De janeiro a julho deste ano, a balança acumula
superávit de US$ 42,5 bilhões. O valor também é o maior da história,
superando o recorde de US$ 28,2 bilhões registrado de janeiro a julho de
2016.
O governo elevou de US$ 55 bilhões para mais de US$ 60
bilhões a estimativa de superávit da balança comercial para 2017. Caso
se confirme, o resultado será o maior anual da série histórica,
superando o saldo positivo recorde de US$ 47,5 bilhões verificado em
2016.
O principal motivo para o bom desempenho da balança neste ano é o crescimento dos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional). Também aumentaram os volumes exportados de alguns produtos.
A
balança comercial tem superávit quando as exportações (vendas do Brasil
para parceiros de negócios no exterior) superam as importações
(aquisições de produtos e serviços no exterior).
No mês de julho,
as exportações brasileiras ficaram em US$ 18,769 bilhões, superando os
US$ 12,471 bilhões em importações. As exportações cresceram 14,9% em
relação a julho de 2016, segundo o critério da média diária, que leva em
conta o valor negociado por dia útil. Ante junho deste ano, houve queda
de 5,1% sob o mesmo critério.
As importações, por sua vez,
aumentaram 6,1% na comparação com julho do ano passado e caíram 1% em
relação a junho deste ano, também segundo o critério da média diária.
Destaques
Em
julho cresceram as exportações de itens básicos (19%), manufaturados
(12,6%) e semimanufaturados (8,7%). Entre os itens básicos, foram
destaque as vendas de milho em grão (alta de 93,7% na comparação com
julho de 2016), minério de cobre (88,2%), petróleo bruto (72%), carne
bovina (38,5%), minério de ferro (18,2%) e carne suína (10%).
Nos
manufaturados, produtos como óleos combustíveis (273,3 %), tratores
(91,7%), máquinas para terraplanagem (83,4 %) e automóveis de
passageiros (69,7 %) puxaram a alta das exportações. Entre os
semimanufaturados, cresceu a exportação de itens como óleo de soja bruto
(94,4 %) e semimanufaturados de ferro e aço (60,1%).
Nas
importações, cresceu a compra de combustíveis e lubrificantes (57,3 %),
de bens intermediários (6,8%) e de bens de consumo (3,4%). Por outro
lado, caiu a aquisição de bens de capital (22,7%) .
Fonte: EBC
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