O faturamento industrial acumulado no primeiro semestre de 2017 é
5,9% menor que o registrado no mesmo período de 2016, segundo a
Confederação Nacional da Indústria (CNI). As horas trabalhadas na
produção recuaram 3,3%, o emprego teve queda de 3,9% e a massa real de
salários encolheu 3,5%. Já o rendimento médio real do trabalhador subiu
0,5%, especialmente por causa da queda da inflação.
“Embora o
prolongado período de queda da atividade e de piora do mercado de
trabalho tenha ficado para trás, os indicadores industriais ainda não
mostram recuperação”, informou a CNI, na pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (1º).
Os
dados apontam que o segundo trimestre deste ano foi caraterizado pela
oscilação da atividade e do emprego. Segundo a CNI, em abril, os dados
foram majoritariamente negativos; maio havia revertido esse desempenho; e
junho encerra o trimestre com queda do faturamento, horas trabalhadas,
utilização da capacidade instalada e do emprego. Rendimento e massa
salarial em termos reais, por outro lado, cresceram durante todo o
trimestre, como resultado da queda da inflação.
“Essa oscilação faz com que a atividade industrial e o emprego
mantenham-se em patamares inferiores ao já fraco ano de 2016”, diz a
pesquisa.
Indicadores de junho
Segundo a
CNI, o faturamento da indústria brasileira caiu 2,4% e as horas
trabalhadas na produção tiveram uma queda de 1,3% em junho na comparação
com maio, nas séries livres de influências sazonais.
De acordo
com a pesquisa, o emprego na indústria diminuiu 0,2%. Por outro lado, a
massa real de salários subiu 0,7% e o rendimento médio real do
trabalhador aumentou 1,6% em junho frente a maio, na série de dados
dessazonalizados.
A utilização da capacidade instalada em junho
deste ano ficou em 77%, abaixo dos 77,3% registrados no mesmo mês de
2016, considerando os dados dessazonalizados. Com isso, a ociosidade da
indústria subiu para 23%.
Também foi divulgada hoje a Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Brasil (PIM-PF), realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam
crescimento da produção industrial de 0,5% no
primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período do ano
anterior. Já na comparação dos últimos 12 meses, foi registrada queda de
1,9% em junho.
Fonte: Agência Brasil
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