O Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em
um país) do Brasil crescerá 0,4% este ano, segundo projeção da Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). O organismo da
Organização das Nações Unidas também estimou crescimento médio do PIB de
1,1% em 2017 para toda a região. Os dados foram divulgados ontem (3) no
Chile.
Segundo comunicado da Cepal, o crescimento ocorrerá
porque, após dois anos de contração, as economias da América Latina e
Caribe foram beneficiadas por um contexto internacional com melhores
perspectivas de crescimento, apesar dos riscos geopolíticos. Outro fator
favorável, segundo a Cepal, é a melhora nos preços das matérias-primas
exportadas pela região.
De acordo com o relatório, todos os
países da área terão taxas positivas de crescimento este ano. As
exceções são a Venezuela, cujo PIB deve cair 7,2%, e os países
caribenhos Suriname e Santa Lúcia, cujas economias devem registrar,
igualmente, uma contração de 0,2%.
Investimento público
A
Cepal defendeu a necessidade de políticas macroeconômicas para permitir
o crescimento de longo prazo e promover mudanças estruturais na
economia da região. O organismo destacou que, ao buscar o equilíbrio nas
trajetórias da dívida e nos gastos públicos, “não se deve restringir o
investimento público”. Para facilitar esse processo, segundo a Cepal,
uma alternativa é separar os gastos de investimento dos gastos
correntes.
Para o organismo, também é importante aumentar as
receitas públicas, por meio de mudanças na estrutura tributária. Isso
poderia ser feito, segundo a Cepal, com a criação de mais impostos
diretos (aqueles que são pagos diretamente ao governo, em lugar de
incidirem indiretamente sobre o consumo de bens e serviços),
fortalecimento da administração e redução da evasão fiscal.
Fonte: EBC
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