O Instituto Butantan iniciou nesta semana a fabricação das 60 milhões
de doses de vacina contra a gripe que serão usadas na campanha do
Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde em 2018. Com
investimento de R$ 5 milhões, o instituto irá fornecer 15 milhões de
doses a mais do que no ano passado.
O início da produção neste
ano está ocorrendo concomitante à divulgação das cepas do vírus que
estão mais circulantes, feita anualmente pela Organização Mundial da
Saúde (OMS). “Esse investimento possibilitou aumentar a produção,
garantindo segurança e agilidade nos processos produtivos e,
posteriormente, na entrega das doses ao Ministério da Saúde”, disse o
diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Em 2016, em 10 meses,
o instituto conseguiu produzir 45 milhões de doses. Já em 2017, serão
60 milhões de doses em oito meses de produção. Segundo o Butantan, será
necessário o trabalho de 500 funcionários, de setembro até maio de 2018,
para a produção de todas as doses.
Como é feita a vacina
O processo utilizará 60 milhões de ovos de galinha fecundados,
necessários para o cultivo dos vírus usados na vacina. No interior dos
ovos embrionados, com 10 a 11 dias, é injetado o inóculo viral do vírus
H1N1 e das outras duas cepas da gripe incluídas na vacina: H3N2 e B. Os
ovos ficam em período de incubação, quando o vírus injetado se replica
no líquido alantoico, que envolve o pintinho.
De acordo com o
Butantan, após 60 a 72 horas de incubação, o líquido é retirado do ovo e
purificado, para que apenas os vírus sejam extraídos. Em seguida, é
feita a inativação e fragmentação do vírus.
Cada ovo rende, em
média, o equivalente a três doses de um dos vírus. Como a vacina protege
contra três tipos de variantes, são necessários 60 milhões de ovos para
produzir as 60 milhões de doses da vacina influenza trivalente,
fornecida para o Ministério da Saúde. Na última campanha de vacinação
contra a gripe, 46 milhões de brasileiros foram imunizados em todo o
país. O público-alvo da campanha era de 54,2 milhões de pessoas.
Prevenção
A transmissão dos vírus influenza ocorre
por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas
pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por
meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com
mucosas da boca, olhos, e nariz.
O Ministério da Saúde orienta a
adoção de cuidados simples para evitar a doença, como: lavar as mãos
várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar;
evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal e evitar
locais com aglomeração de pessoas.
Os sintomas da gripe são
febre, tosse ou dor na garganta, dor de cabeça, dor muscular e nas
articulações. O agravamento da doença pode ser identificado por falta de
ar, febre por mais de três dias, problemas gastrointestinais, dor
muscular intensa e prostração.
Fonte: EBC
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