Há
muito tempo, o cidadão brasileiro não sofre com um problema tão sério
de saúde pública. Os casos de dengue estão se multiplicando de maneira
assustadora em todos os Estados da nação e se nao fizemos nossa parte, a
coisa vai piorar. (foto: Arquivo / Wikipédia)
O Ministério da
Saúde divulgou na última segunda-feira, dia 4, que o Brasil registrou
745,9 mil casos de dengue entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano. O
total é 234,2% maior em relação ao mesmo período do ano passado e 48,6%
menor em comparação com 2013, quando na mesma época foram notificadas
1,4 milhão de ocorrências da doença.
Em 2015, foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença nas 15
primeiras semanas do ano, um aumento de 44,9% em relação ao mesmo
período de 2014, quando foram registradas 158. Em relação a 2013, quando
houve 379 óbitos, há uma queda de 39,6%. (foto: Gabriel Jabur / Agência
Brasília)
A incidência de casos no Brasil para cada grupo de 100
mil habitantes é de 367,8, índice que para a Organização Mundial da
Saúde (OMS) representa situação de epidemia (a classificação mínima de
epidemia é de 300/100 mil habitantes)
Levando-se em conta esta
informação, sete estados estão em situação epidêmica: Acre (1064,8/100
mil), Tocantins (439,9/100 mil), Rio Grande do Norte (363,6/100 mil),
São Paulo (911,9/100 mil), Paraná (362,8/100 mil), Mato Grosso do Sul
(462,8/100 mil) e Goiás (968,9/100 mil).
No balanço anterior ao
desta segunda, divulgado em 13 de abril e que referia-se até 28 de
março, o país tinha índice de 227,1/100 mil e apenas quatro estados
estavam em situação de epidemia.
É comum que o número de casos de
dengue oscile ao longo dos anos. Em alguns há um número muito grande de
notificações e, em outros, um número menor. Depende muito dos sorotipos
que estão circulando, o que varia de região para região.
Ranking por Estado - casos de dengue no Brasil por estado (1/1 a 18/4/15)
Pos. | Estado | Casos | Pos. | Estado | Casos |
1º | SP | 401.564 | 15º | PA | 4.822 |
2º | GO | 63.203 | 16º | ES | 4.750 |
3º | MG | 60.838 | 17º | SC | 4.320 |
4º | PR | 40.203 | 18º | MA | 4.092 |
5º | PE | 24.340 | 19º | AL | 4.055 |
6º | RJ | 22.484 | 20º | DF | 3.578 |
7º | CE | 20.913 | 21º | PI | 2.856 |
8º | BA | 20.746 | 22º | SE | 2.768 |
9º | RN | 12.394 | 23º | AM | 2.751 |
10º | MS | 12.125 | 24º | RO | 2.201 |
11º | AC | 8.413 | 25º | RS | 1.837 |
12º | TO | 6.585 | 26º | AP | 1.748 |
13º | MT | 6.434 | 27º | RR | 510 |
14º | PB | 5.427 |
Óbitos
Das
229 mortes registradas nas 15 primeiras semanas de 2015, 169 foram no
estado de São Paulo – é o maior número. Goiás vem em seguida, com 15,
além de Paraná e Minas Gerais, com 8 cada.
Até 18 de abril houve
404 casos graves, elevação de 49,6% na comparação com 2014, quando foram
registradas 270 notificações do tipo. Segundo o ministério, não é
possível comparar ao total de 2013 porque houve mudanças no processo de
classificação da dengue.
Reconheça os sintomas
Diagnosticar
a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior
eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se
manifesta.
Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental
procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem
evolução rápida.
Por isso, saber antes pode fazer a diferença
entre a ocorrência de um mal menor e consequências mais graves,
principalmente no caso de crianças.
Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o
DEN-4. Eles causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que
você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou
seja, na vida, uma pessoa só pode ter dengue quatro vezes.
70% a
90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum
sintoma. Nos casos mais graves, a doença pode ser hemorrágica ou
fulminante, levando à morte.
Os principais "sinais de alerta" da
doença são dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a
pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e
sangramento.
Diagnóstico precoce
É essencial fazer tanto
um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame
laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e
plaquetas no sangue.
A contagem de hematócritos acima do normal e
de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue pode ser um
indício de dengue.
O exame de sangue, por si só, não determina se
o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os
sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente.
O
período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a
febre passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num
estado grave mesmo sem sangramento. Esse poder ser um problema no
atendimento primário nos hospitais porque geralmente as pessoas com
febre são atendidas prioritariamente.
Fonte: Reclame Aqui
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