A alta do dólar, que acumula
valorização de 52,67% no ano, vai afetar ainda mais o orçamento do
brasileiro. Desta vez, a valorização da moeda americana puxou o Índice
Geral de Preços — Mercado (IGP-M), usado como base nos reajustes anuais
dos aluguéis. O indicador subiu 0,95% em setembro, acumulando alta de
8,35% em 12 meses, segundo o Ibre/FGV. O aumento de setembro foi bem
maior que o de agosto, de 0,28%, e deve pressionar os próximos reajustes
de aluguéis.
Esse foi o caso da jornalista Ana Cristina Sacramento, 33 anos. A moradora de Mesquita não conseguiria arcar com mais um reajuste anual e conversou com o proprietário, que cedeu ao pedido. “O contrato teve uma alta no ano passado, mas a situação está mais complicada. Não conseguiria aumentar nem R$ 50. Negociei com o proprietário e ele abriu mão do aumento”.
Na contramão, o estudante de medicina Eduardo Gama, 23 anos, fez uma proposta ao dono do apartamento onde morava, mas não foi aceita. “Não tive escolha a não ser me mudar. Encontrei um apartamento R$400 mais barato no mesmo prédio. Em época de crise, não tem como incluir mais gastos na rotina”, disse.
Mesmo com alta do indicador, esse é o momento de dar prioridade ao aluguel. Com o aumento das exigências do financiamento imobiliário da Caixa Econômica e com mais oferta do que procura no mercado, há uma tendência de queda nos preços dos aluguéis.
De acordo com o o vice-presidente de Locações do Secovi Rio, Antonio Paulo Monnerat, os proprietários sabem que o brasileiro está com o orçamento apertado. Esse movimento já é refletido no indicador FipeZap — que mede o preço do metro quadrado. O índice registra queda desde maio e, em agosto, o valor de um apartamento com um dormitório recuou, em média, 0,72% no país.
Como renegociar o preço do aluguel
É necessário saber a média de preço para um imóvel semelhante. O ideal é conversar com outros inquilinos do prédio para descobrir o que eles pagam por mês, além de ir a outros prédios nas redondezas.
Se o valor que o proprietário quer reajustar for acima da capacidade financeira, o inquilino pode conversar com a administradora do imóvel. Mesmo que não consiga o abatimento total do reajuste, é comum que haja um acordo com desconto.
Na negociação, é importante ressaltar que é um bom inquilino. Para tanto,<MC0> vale levar referências, recibos de pagamento, extratos bancários e análises de crédito para a reunião com o locatário. Peça uma pesquisa de antecedentes, análise de crédito e verificação de empregos.
Ofereça-se para assinar um contrato mais longo em troca de um aluguel menor. A cada vez que há uma troca de inquilinos, o locatário perde dinheiro.
Eduardo Gama tentou negociar preço com proprietário, mas não conseguiu. Para aliviar o orçamento, o estudante mudou de imóvel
Mas
a crise econômica força os preços do aluguéis para baixo e o pro
prietário que insiste em cobrar mais pode ficar sem o inquilino.
Especialistas ensinam que negociar com a administradora do imóvel pode livrar
o bolso de mais um aperto. “Muitos donos preferem abonar um reajuste e
manter um inquilino bom do que aumentar o aluguel e perder o contrato.
Afinal, o proprietário teria que arcar com despesas, como condomínio e
IPTU, caso o inquilino prefira se mudar”, explica o diretor do Creci,
Laudimiro Cavalcanti.Esse foi o caso da jornalista Ana Cristina Sacramento, 33 anos. A moradora de Mesquita não conseguiria arcar com mais um reajuste anual e conversou com o proprietário, que cedeu ao pedido. “O contrato teve uma alta no ano passado, mas a situação está mais complicada. Não conseguiria aumentar nem R$ 50. Negociei com o proprietário e ele abriu mão do aumento”.
Na contramão, o estudante de medicina Eduardo Gama, 23 anos, fez uma proposta ao dono do apartamento onde morava, mas não foi aceita. “Não tive escolha a não ser me mudar. Encontrei um apartamento R$400 mais barato no mesmo prédio. Em época de crise, não tem como incluir mais gastos na rotina”, disse.
Mesmo com alta do indicador, esse é o momento de dar prioridade ao aluguel. Com o aumento das exigências do financiamento imobiliário da Caixa Econômica e com mais oferta do que procura no mercado, há uma tendência de queda nos preços dos aluguéis.
De acordo com o o vice-presidente de Locações do Secovi Rio, Antonio Paulo Monnerat, os proprietários sabem que o brasileiro está com o orçamento apertado. Esse movimento já é refletido no indicador FipeZap — que mede o preço do metro quadrado. O índice registra queda desde maio e, em agosto, o valor de um apartamento com um dormitório recuou, em média, 0,72% no país.
Como renegociar o preço do aluguel
É necessário saber a média de preço para um imóvel semelhante. O ideal é conversar com outros inquilinos do prédio para descobrir o que eles pagam por mês, além de ir a outros prédios nas redondezas.
Se o valor que o proprietário quer reajustar for acima da capacidade financeira, o inquilino pode conversar com a administradora do imóvel. Mesmo que não consiga o abatimento total do reajuste, é comum que haja um acordo com desconto.
Na negociação, é importante ressaltar que é um bom inquilino. Para tanto,<MC0> vale levar referências, recibos de pagamento, extratos bancários e análises de crédito para a reunião com o locatário. Peça uma pesquisa de antecedentes, análise de crédito e verificação de empregos.
Ofereça-se para assinar um contrato mais longo em troca de um aluguel menor. A cada vez que há uma troca de inquilinos, o locatário perde dinheiro.
Fonte: O Dia
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