As seis linhas de crédito, como cheque especial e cartão de crédito rotativo, estão mais caras
Um consumidor de Mauá, em São Paulo, tinha uma dívida de cerca de R$ 1,1 mil, mas não conseguia pagar o total. "Resolvi pagar o valor de R$ 500 depois o restante", relatou ele em sua queixa no Reclame AQUI, no último dia 10. O reclamante pagaria quatro dias depois, mas para sua surpresa foi cobrado de um juro que chegou a 116 reais. "Por causa de 4 dias querem me cobrar encargos sobre 30 dias? Um absurdo", disse.
Mas o problema dele deve ser o mesmo de muitos outros brasileiros, porque a taxa de juros média geral para pessoas físicas subiu ainda mais de julho para agosto, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Das seis linhas de crédito pesquisadas, como cheque especial e cartão de crédito rotativo, todas ficaram mais caras.
No caso do cartão de crédito, houve uma elevação de 2,61%. Com isso, a taxa subiu de 13,03% ao mês (334,84% ao ano) em julho para 13,37% ao mês (350,79% ao ano) em agosto. A taxa deste mês é a maior desde março de 1999, quando chegou a 13,45% ao mês ou 354,63% ao ano).
O juro médio, considerando todas as modalidades de empréstimo pessoal, subiu 1,13% no mês ao passar de 7,06% ao mês (126,74% ao ano) em julho para 7,14% ao mês (128,78% ao ano) em agosto - a maior taxa de juros desde julho de 2009.
Para a Anefac, "tendo em vista o cenário econômico atual que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses".
Fonte: Reclame Aqui
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