quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Preço do quilo de bacalhau pode subir até 20% até o fim do ano

Suely Martins já compra o peixe para o Natal
A mais de três meses para o Natal, já há consumidores comprando bacalhau para as ceias de fim de ano. O motivo é a alta da inflação, causada principalmente pela disparada do dólar. Como o produto é importado, comerciantes do Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara (Cadeg), em Benfica, na Zona Norte do Rio, estimam uma alta de 14% a 20% no custo do produto até dezembro, por conta da oscilação da moeda americana.

Por isso, compradores como a auxiliar de enfermagem aposentada Suely Martins, de 64 anos, preferem garantir o produto na mesa e a economia em época de crise e arrocho no bolso. Com receio de que o preço do peixe fique mais caro nos próximos meses, ela comprou dois quilos e meio de bacalhau no Cadeg, na semana passada, que serão congelados.
— Eu nunca comprei com tanta antecedência. O quilo está R$ 45 (do Gadus Morhua, considerado top por especialistas). Se deixar para comprar o bacalhau em cima da hora, sei será bem pior.
Segundo Valdemi Vieira, sócio da loja Tilim Distribuidora de Alimentos, no Cadeg, as pessoas com melhor planejamento financeiro já estocam alimentos das ceias de Natal e Ano-Novo:
— A tendência é o preço do bacalhau aumentar uns 20% até dezembro, não somente por causa do dólar, mas também do aumento da procura.
Roberto Martins, dono da Azeites Serrano de Mirandela, prevê uma alta menor, de 14%.
— Estou pagando (ao fornecedor) R$ 42 por quilo de bacalhau. O preço deve subir para R$ 48, até dezembro. Quem comprar agora vai fazer um bom negócio — apostou.
Os comerciantes também aconselham a compra de outros produtos importados, como azeites e vinhos, cujos preços também devem subir por conta da moeda americana.
Mesmo sem dessalgar
Valdemi Vieira, da loja Tilim, no Cadeg, explica que o bacalhau pode ser congelado tanto da forma como é comprado quanto após ser dessalgado, mas muitas pessoas preferem congelar após a retirada do sal.
Bolinhos
Fonte: Extra

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