Estabelecimento que proibir ou constranger a mãe será multado.
A multa é de R$ 500 e dobra de valor em caso de reincidência.
Entrou em vigor esta semana, na cidade de São Paulo, uma lei que pune o estabelecimento que proibir ou constranger a mãe que estiver amamentando o filho. Qualquer estabelecimento, como loja, shopping, escola ou museu que proibir ou constranger a mãe que amamenta estará sujeito a multa de R$ 500, que dobra de valor em caso de reincidência.
A recomendação do Ministério da Saúde é que o bebê mame exclusivamente no peito até os seis meses, mas orienta que a amamentação se estenda até dois anos ou mais. O leite materno é mais do que alimento. Ele promove o vínculo entre mãe e filho, afeto, proteção e saúde. Estudos científicos mostram que o leite materno é superior aos leites industrializados e que evita diarreia, infecções respiratórias, diminui riscos de alergia e evita mortes de crianças.
Quem já passou por isso sabe que nem sempre é fácil amamentar. “No meu primeiro filho, quando ele nasceu, foi um pouco difícil de começar, de ter a pega. Só que no próprio hospital, teve uma pediatra que ficou um dia bem dedicada e conseguiu me ajudar”, relata a revisora Raquel Siqueira.
O filho de Raquel, Eros, de três meses, mama em qualquer lugar. O mesmo aconteceu com seu filho mais velho, Caio, que mamou até quatro anos. Porém, muitas mães se sentem constrangidas. “Já me senti constrangida, as pessoas olham, reparam. Aí o bebê não fica confortável, porque você não fica confortável. Aí ele já começa a não mamar direito, então é delicado”, relata a administradora Fernanda Galiano de Sousa.
Em São Paulo, já teve mãe proibida de amamentar em público. Isso foi motivo de protestos nos últimos dois anos. Rosangela Alves é coordenadora do grupo Matrice, que apóia a amamentação e tem quase três mil participantes nas redes sociais. Ela disse que a mobilização das mulheres foi fundamental para que a lei entrasse em vigor: “Fazer com que aquela mãe seja olhada de maneira diferente, com um olhar de respeito e não com um olhar de reprovação. Ela quer sentar, amamentar o filho e ser respeitada por aquele ato, só isso”.
Fonte: Jornal Hoje
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