Banco Central revisou para cima o resultado de janeiro, atingindo 5,5%, após ter divulgado inadimplência de 5,4%.
A
inadimplência no mercado de crédito no país no segmento de recursos
livres manteve-se em 5,5% em fevereiro, patamar mais alto da série
histórica, informou o Banco Central nesta terça-feira.
O BC
revisou para cima o resultado de janeiro após divulgar anteriormente
inadimplência de 5,4% para o segmento, no qual os empréstimos têm taxas
de juros definidas livremente pelas instituições financeiras.
O
índice de não pagamento vem subindo diante da crescente pressão sobre o
orçamento dos brasileiros, em meio à recessão econômica, inflação e
juros elevados, além de forte deterioração do mercado de trabalho, tendo
atingido em janeiro o nível mais alto da série histórica iniciada em
março de 2011.
Refletindo a preocupação dos bancos com o aumento
de empréstimos não quitados, o provisionamento feito pelas instituições
financeiras públicas subiu de 4,3% em janeiro para 4,4% em fevereiro, em
dados preliminares.
Nos bancos estrangeiros, o percentual também
avançou, passando de 6,2% para 6,4%. Manteve-se estável apenas nas
instituições financeiras privadas nacionais, em 8,6%.
Taxas ao consumidor
Em fevereiro, os juros médios do segmento de recursos livres
também cresceram a 50,6% ao ano, contra 49,6% em janeiro, recorde
histórico da série.
Ao mesmo tempo, o spread bancário, que calcula
a diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao
consumidor final, subiu a 35,8 pontos percentuais no segmento no mês,
ante 34,3 pontos em janeiro.
O estoque total de crédito no país,
que também inclui o segmento de recursos direcionados, teve baixa de
0,5% em fevereiro, a 3,184 trilhões de reais. Com isso, passou a
responder por 53,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte: Brasil Econômico
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