A projeção de instituições financeiras para a queda da economia este
ano passou pelo décimo ajuste consecutivo. Agora, a estimativa para a
queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, foi alterada de 3,60% para 3,66%.
Para 2017,
a expectativa de crescimento foi reduzida de 0,44% para 0,35%, no
segundo ajuste seguido. As estimativas fazem parte do boletim Focus,
publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com base em
projeções de instituições financeiras para os principais indicadores
econômicos.
As instituições financeiras também projetam que a
inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), vai fechar este ano em 7,31%, no terceiro ajuste seguido. Na
semana passada, a estimativa era 7,43%. Para 2017, a estimativa segue em
6%, há sete semanas consecutivas.
Meta ultrapassada
As
projeções ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é
6,5% este ano, e 6% em 2017. Em um cenário de retração da economia e
inflação alta, as instituições financeiras não esperam por alteração na
taxa básica de juros, a Selic, este ano. A expectativa é que a taxa
encerre 2016 no atual patamar de 14,25% ao ano. Para 2017, a mediana das
expectativas (desconsiderando os extremos nas projeções) é que a Selic
feche o período em 12,50% ao ano.
A taxa é usada nas negociações
de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic)
e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao
reajustá-la para cima, o Banco Central contém o excesso de demanda que
pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Comitê de
Política Monetária (Copom) barateia o crédito e incentiva a produção e o
consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
A pesquisa do
BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de
Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi ajustada de 7,49%
para 7,43% este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a
estimativa passou de 7,73% para 7,68%, em 2016.
A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), segue em 7%, em 2016. A
projeção para os preços administrados foi alterada de 7,20% para 7,30%,
este ano, e de 5,58% para 5,50% em 2017.
A estimativa para a cotação do dólar passou de R$ 4,20 para R$ 4,15, no fim de 2016, e de R$ 4,30 para R$ 4,20, ao final do próximo ano.
A estimativa para a cotação do dólar passou de R$ 4,20 para R$ 4,15, no fim de 2016, e de R$ 4,30 para R$ 4,20, ao final do próximo ano.
Fonte: Agência Brasil
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