Quem toma um empréstimo no banco no valor de 3 mil reais e demora um ano para quitar a dívida pode ter uma surpresa bem desagradável com o valor dos juros que terá de pagar, dependendo da modalidade de crédito escolhida.
Pagar apenas o valor mínimo da fatura do cartão de crédito
e entrar no chamado crédito rotativo é hoje a opção mais cara
encontrada nos bancos: em média, a taxa de juros mensal cobrada nesta
linha de crédito é de 15,07% ao mês, o equivalente a 439,50% de juros ao
ano.
Caso uma fatura no valor de 3 mil reais somente seja paga
após um ano, o valor total da dívida ao final desse período será de
16.168,38 reais. Ou seja, o consumidor terá de pagar mais de cinco vezes
o valor original.
Já um trabalhador de uma empresa privada com
carteira assinada, ao tomar um empréstimo de 3 mil reais cujas parcelas
serão descontadas do seu salário, o chamado crédito consignado,
pagará, em média, 3,03% de juros ao mês, ou 43,10% ao ano. A modalidade
de crédito é a mais barata do mercado entre as que não utilizam bens,
como o carro ou a casa, como garantia do pagamento do empréstimo (conheça cinco opções de crédito com juros mais baixos).
Como
nos empréstimos consignados as parcelas da dívida são descontadas
diretamente da folha de pagamento do devedor, os bancos têm mais
segurança de que receberão o pagamento em dia e assim os juros são
reduzidos,
Entre as linhas de crédito, a mais barata depois do
crédito consignado é o crédito direto ao consumidor (CDC), que é
utilizado para aquisição de bens (exceto veículos) e tem juros de 94% ao
ano. A modalidade é seguida pelo crédito pessoal,
no qual são cobrados juros de, em média, 118,40% ao ano; e o
parcelamento da fatura do cartão de crédito, na qual os juros somam, em
média, 144,50% ao ano.
Já se o cliente ultrapassar o limite de crédito disponível na conta corrente e entrar no chamado cheque especial ele pagará juros de 292,30% ao ano, em média. A linha só perde para o crédito rotativo como a mais cara do mercado.
Veja
na tabela abaixo quais linhas de crédito cobram mais juros, de acordo
com pesquisa realizada pelo Banco Central referente ao mês de janeiro:
Modalidade | Taxa de juros anual | Taxa de juros mensal | Valor pago por um empréstimo de R$ 3.000 após um ano |
---|---|---|---|
Crédito consignado para trabalhadores privados | 43,10% | 3,03% | R$ 4.292,26 |
Crédito Direto ao Consumidor (CDC) | 94% | 5,67% | R$ 5.814,89 |
Crédito pessoal | 118,40% | 6,72% | R$ 6.547,43 |
Parcelamento da fatura do cartão | 144,50% | 7,73% | R$ 7.330,97 |
Cheque especial | 292,30% | 12,06% | R$ 11.763,29 |
Crédito rotativo | 439,50% | 15,07% | R$ 16.168,38 |
Fonte: Banco Central
Como fazer a melhor opção
Antes
de escolher as linhas de crédito mais baratas, é importante verificar
se é possível quitar a dívida sem recorrer a empréstimos, seja vendendo
algum bem ou cortando gastos desnecessários, por exemplo (veja 12 maneiras de enxugar o orçamento para ontem).
Somente se o endividamento for a única alternativa o consumidor deve analisar qual empréstimo pesará menos no bolso.
A comparação dos juros cobrados em cada linha pode ser pesquisada no site do Banco Central a cada mês. Também é possível verificar quais bancos cobram os juros mais baixos em cada linha a cada semana.
Fonte: Exame
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