Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC)
ajustaram, pela terceira semana consecutiva, a estimativa de
encolhimento da economia. Desta vez, a projeção de queda do Produto
Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no
país, passou de 3,23% para 3,20%.
Para 2017, a projeção de
crescimento segue em 1,1% há quatro semanas seguidas. As projeções fazem
parte de pesquisa feita todas as semanas pelo BC sobre os principais
indicadores da economia. O levantamento é divulgado às segundas-feiras.
A
projeção das instituições financeiras para a inflação, medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 7,20%
para 7,31% este ano, e permanece em 5,14%, em 2017.
As
estimativas estão distantes do centro da meta de inflação de 4,5%. Para
2016, a projeção ultrapassa também o limite superior da meta que é 6,5%.
O teto da meta em 2017 é 6%.
É função do BC fazer com que a
inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para
influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a
taxa básica de juros, a Selic.
Reflexos nos preços
Quando
o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a
Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos
preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a
medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa
básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta
estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Atualmente, a Selic está
em 14,25% ao ano.
A expectativa das instituições financeiras
para a taxa subiu de 13,50% para 13,75% ao ano, ao final de 2016, e
segue em 11% ao ano no fim de 2017.
A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,30, ao final de 2016, e em R$ 3,50, no fim de 2017.
Fonte: Agência Brasil
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