segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Pesquisa diz que mulheres com incontinência urinária têm vida sexual afetada

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Uma pesquisa feita por profissionais do Ambulatório de Disfunção Miccional do Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostra que mulheres com incontinência urinária têm a vida sexual e a qualidade de vida mais afetada do que as que têm controle da urina. Cerca de 15% a 30% da população acima de 60 anos apresentam algum grau de incontinência e as mulheres têm probabilidade até duas vezes maior de apresentar o problema.
Para a pesquisa, foram analisadas 356 mulheres (243 incontinentes e 113 continentes), com idades que variaram entre 30 e 80 anos, por meio de questionários e exames na bexiga e a constatação foi a de que 53% das que sofriam de perda involuntária da urina também apresentavam disfunção sexual e 10% delas classificavam como ruim a qualidade de vida. No grupo de mulheres sem o problema, esses índices ficaram em 29% e 3,9%.
“Mulheres com incontinência urinária têm risco aumentado de ter impacto grande na qualidade de vida sexual desistindo de ter atividade e as que ainda têm relações têm menor satisfação porque algumas perdem urina na hora da relação. Isso leva a constrangimentos e faz com que elas evitem o sexo por vergonha. A maioria não perde urina na relação, mas o simples fato da incontinência existir faz com que ela prefira evitar contato com o parceiro”, disse o coordenador do ambulatório e orientador da pesquisa, Fernando Almeida.
Sexualidade
O estudo avaliou vários pontos relativos à sexualidade como o desejo e a satisfação sexual, o conforto e a sintonia com o parceiro. “Em todos os parâmetros estudados em ambos os grupos, os resultados foram piores nas mulheres com incontinência. Principalmente porque, em 49% delas, há perda de urina durante a relação sexual, o que atrapalha não apenas o desejo como também o orgasmo”, disse.
Muitas podem ser as causas da perda involuntária de urina. Entre elas, há fatores genéticos, obesidade, gravidez, pós-parto, cirurgias e traumas na região pélvica e problemas de bexiga hiperativa. "Mas, a mais comum ainda é a decorrente de esforço. Nessa condição, o vazamento de urina ocorre devido a qualquer atividade que force o abdômen, de um simples espirro a uma leve atividade física”.
Fonte: Agência Brasil

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