O Brasil ganhou aproximadamente 11,6 mil novas empresas e outras
organizações ativas em 2015, um aumento de 0,2% em relação a 2014. O
número de pessoal ocupado assalariado diminuiu 3,6% - menos 1,8 milhão
de trabalhadores. Os dados fazem parte do Cadastro Central de Empresas
(Cempre), divulgado hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Em 2015, o país tinha 5,1 milhões de empresas
e outras organizações ativas, que empregavam 53,3 milhões de pessoas,
sendo 46,6 milhões (87%) assalariadas e 7 milhões (13%), sócias ou
proprietárias.
Em comparação com 2014, o número de sócios e
proprietários caiu 0,1% no período, ou 7,7 mil pessoas. Também foi
registrada queda no total de salários e outras remunerações (-4,8%) e no
salário médio (-3,2%). É a primeira vez que o pessoal ocupado total e
assalariado cai desde o início da série, em 2007. Os salários e outras
remunerações totalizaram R$1,6 trilhão. O salário médio mensal foi de R$
2.480,36 ou três salários mínimos.
Apesar da perda de empregos
no ano passado em relação a 2015, a pesquisa mostra que entre 2010 e
2015, as empresas e outras organizações formais geraram 3,6 milhões de
novos vínculos empregatícios, tendo passado de 43 milhões para 46,6
milhões de pessoas.
Natureza jurídica
As entidades empresariais
representaram 90,4% do total de empresas do país, 75,3% do pessoal
ocupado assalariado e 63% dos salários e outras remunerações. Apesar
disso, pagaram os salários médios mensais mais baixos (R$ 2.168,45). Os
órgãos das administrações públicas eram 0,4% desse total, porém
absorveram 18% do pessoal ocupado total, 20,7% do pessoal ocupado e
pagaram 30,4% dos salários e outras remunerações. A administração
pública pagou os salários médios mensais mais elevados (R$ 3.592,33). As
entidades sem fins lucrativos totalizaram 9,2% das empresas e outras
organizações e foram responsáveis por 6,7% do pessoal ocupado, 7,1% do
pessoal assalariado e 6,5% dos salários e outras remunerações. Essas
entidades foram as que pagaram melhor depois dos órgãos da administração
pública (R$ 2.354,90).
Ainda segundo o estudo, em 2015 houve
aumento de 0,6% de empresas públicas, mais 128 empresas, e queda de
124,4 mil postos de trabalho (-1,3%). Nas entidades empresariais, houve
queda de 2,9 mil empresas (-0,1%) e de 1,6 milhão em pessoal ocupado
assalariado (-4,5%). Por outro lado, as entidades sem fins lucrativos
aumentaram em número e pessoal ocupado, com 14,4 mil novas empresas e
outras organizações (3,2%) e aumento de 16 mil novos empregados
assalariados (0,2%).
Atividades econômicas
A
pesquisa indica também que a seção Comércio: reparação de veículos
automotores e motocicletas figura desde 2010 como a atividade que mais
concentra a maior parte de pessoal ocupado assalariado, e chegou a 9,1
milhões de pessoas em 2015. Em comparação com 2014, concentrava o maior
número de empresas e outras organizações (39,2%), pessoal ocupado total
(22,1%) e pessoal ocupado assalariado (19,5%). Já em salários e outras
remunerações ficou na terceira colocação (12,4%).
Indústrias de
transformação aparecem em segundo lugar na variável pessoal ocupado
total (15,4%) e salários e outras remunerações (17,6%). Devido à redução
de 649 mil pessoas assalariadas em relação a 2014, caiu para a terceira
posição em número de empresas (8,3%). A administração pública, defesa e
seguridade social assumiu a a segunda posição em número de assalariados
(16,7%) e foi a primeira colocada em salários e outras remunerações
(23,5%).
Análise regional
Assim como em
anos anteriores, a Região Sudeste concentrou o maior número de
organizações, 2,9 milhões de unidades (51,1%), bem como de pessoas
ocupadas (26,9 milhões) e dos salários e outras remunerações (R$840,3
bilhões). A Região Sul foi a segunda com maior número de unidades (22%) e
em salários e outras remunerações (16,2%). O Nordeste ficou em segundo
lugar em pessoal ocupado total (18,1%) e em pessoal ocupado assalariado
(18,7%) e na terceira posição em número de unidades locais (15,4%) e em
salários e outras remunerações (14,6%). A Região Centro-Oeste ficou na
quarta colocação em todas as variáveis analisadas e a Região Norte na
quinta, com as menores participações.
Fonte: Agência Brasil
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