A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
reviu de 1,2% para 1,6% a projeção de crescimento nas vendas do varejo
este ano. A revisão foi feita após o resultado de maio da Pesquisa
Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje ( 12 ) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, a
receita do varejo ampliado (que também reúne os materiais de construção
e veículos e peças) registrou avanço de 4,5% na comparação com maio do
ano passado. Esse foi o melhor resultado desde março de 2015, quando
houve um aumento de 5% na receita do varejo.
Segundo o economista
Fabio Bentes, da CNC, a recuperação sustentável do setor continua
dependente, de forma mais ampla, da melhora das condições de emprego e
taxas de juros mais compatíveis com a trajetória recente da inflação.
“Confirmada
essa expectativa, o setor voltaria, enfim, a crescer após três anos de
retrações ao fim do qual o nível mensal de vendas retroagiu a níveis do
início de 2010”, afirmou.
Dos dez segmentos pesquisados pela PMC,
apenas dois registraram retrações em relação a maio de 2016:
combustíveis e lubrificantes (-0,9% ) e livrarias e papelarias (-1% ).
Considerando os segmentos que tiveram resultados positivos, entre os que
mais se destacaram foram os de móveis e eletrodomésticos (13,8% ),
materiais de construção (9,3% ), equipamentos de informática e
comunicação (8,8% ) e vestuário e calçados (5%).
A análise da CNC
mostra ainda que três fatores têm contribuído para melhorias mais
acentuadas nesses segmentos: a escassez de demanda, que ocasionou um
crescimento dos preços menor que o do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA); a recuperação parcial do crédito; e os saques
das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que
tiveram impacto positivo, ainda que temporário, nas vendas.
Fonte: EBC
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