sexta-feira, 7 de julho de 2017

Conferência debate uso da energia solar no país


Image result for Conferência debate uso da energia solar no paísO presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, disse ontem (6) que o setor está em plena expansão em todo o mundo, inclusive no Brasil, mas que o país está atrasado pelo menos 10 anos nos investimentos do setor. A declaração foi dada na conferência  Brasil Solar Power, que se encerra hoje. No debate, foi analisada nota técnica colocada em consulta pública na quarta-feira (5) pelo Ministério de Minas e Energia (MME), para debater o aprimoramento do marco legal do setor elétrico.
Sauaia disse que a entidade está analisando a nota para consolidar a posição do setor, mas adiantou que a iniciativa foi muito bem-vinda. “A ideia é a evolução do setor elétrico para melhor. Eu queria destacar a importância estratégica, a meu ver, do ministério ter evoluído tanto no documento prévio quanto nessa nota técnica em si, de incluir uma visão que não é meramente tecnicista. É uma visão que enxerga que a energia elétrica é um meio, não é um fim em si própria, mas é um meio fundamental para a economia, o desenvolvimento e a qualidade de vida da nossa sociedade. E segundo, incorporando a visão de que a energia elétrica tem os seus aspectos econômicos, elétricos e também ambientais e sociais”.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo, destacou que a energia solar tem o apoio do ministério e a proposta colocada em consulta pública está
“cem por cento aderente ao Plano Nacional de Mudanças Climáticas”, que prevê o aumento da participação de energias renováveis na matriz do país.
“Nos leilões de energia, a gente vai abrir oportunidade para a energia solar. Havia um conservadorismo do setor, causado pela tecnologia disponível na época,  e o leilão era limitado à energia existente. Agora mudou, de seis meses há um ano a gente consegue ter uma nova planta de energia solar. A gente entende que nessa transição tem que respeitar o prazo e o modelo de negócio, que precisam ainda do apoio, mas, com certeza, a intenção é que o subsídio público tenha fim e no final das contas vai convergir para uma competitividade entre as fontes”.
Para o presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, a proposta do governo federal vem ao encontro com o que o setor deseja já há algum tempo, já que o modelo instituído em 2004 sofre um esgotamento e é preciso aprimorar o modelo.
“É relevante o fortalecimento das fontes renováveis, como a energia solar. Nós estamos bastante defasados com relação ao resto mundo. Na minha avaliação, nos últimos dois anos íamos caminhar para recuperar esse posicionamento. Infelizmente, o país passa por uma crise econômica grave e isso fez retardar esse processo de recuperação. Eu acho que as evoluções que estão sendo propostas nesse modelo vai caminhar na direção daquilo que é a missão principal do Operador, que é assegurar o abastecimento e energia, com segurança, mas também com preços que tanto a indústria, o comércio e a população conseguem pagar”.
Barata lembra que a diversificação de fontes e a busca por energia renovável é uma tendência no mundo todo. “Estamos nos preparando para enfrentar essa realidade, com um sistema com um número muito maior de fontes. Para nós, da operação do sistema, é melhor centraliza do que descentraliza, mas é uma tendência do mundo e vamos encarar com naturalidade”.
Fonte: Agência Brasil

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