Os Indicadores da Indústria de agosto mostram que a recuperação do
setor segue com oscilações, embora a tendência de aquecimento apontada
em julho tenha se mantido, mesmo com menos força, principalmente em
decorrência da queda do faturamento. A avaliação é da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), que divulgou ontem (3), no Rio de Janeiro, a
Sondagem Industrial de agosto.
A publicação indica que a
indústria dá sequência aos bons resultados de julho e afasta
preocupações sugeridas pela última edição da pesquisa. “O índice de
evolução da produção superou 50 pontos pelo segundo mês consecutivo, o
que não acontecia desde outubro de 2013. O índice de evolução do número
de empregados mostra que o emprego industrial está praticamente estável e
o setor não vive a expectativa de novas demissões" diz a publicação.
Massa salarial tem aumento de 0,2%
Os
números indicam, ainda, que a massa salarial real teve aumento de 0,2%,
as horas trabalhadas na produção também subiram 0,2%, o rendimento
médio real foi 1,2% maior do que o de julho e a utilização da capacidade
instalada ficou 0,3 ponto percentual acima de julho.
O único
indicador a cair foi o faturamento real da indústria, com retração de 1%
em agosto frente a julho. Quando comparado com agosto do ano passado,
há expansão de 4,5%, embora no resultado acumulado nos primeiros oito
meses de 2017 ainda esteja negativo em 3,5%.
“A perda de
intensidade no processo de recuperação é decorrência, principalmente, da
queda do faturamento industrial, que manteve a trajetória recente de
variações positivas e negativas”, ressaltou a CNI.
Apesar do
emprego industrial ter permanecido estável na passagem de julho para
agosto, o indicador mostra que, nos primeiros oito meses do ano, houve
queda de 3,6% na comparação com o período de janeiro a agosto de 2016.
Fonte: Agência Brasil
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