Punição é por descumprimento de prazo para consultas, exames e cirurgias.
223 planos já estavam com a venda suspensa desde julho.
223 planos já estavam com a venda suspensa desde julho.
A
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta terça-feira
(2) a suspensão da venda, por três meses, de 301 planos de saúde,
administrados por 38 operadoras. A medida foi tomada por descumprimento
de prazos estabelecidos para atendimento médico, realização de exames e
internações. Desses planos, 223 já estavam com as vendas suspensas desde julho.
A
suspensão vale a partir da próxima sexta-feira (5). Esta é a segunda
vez que a agência divulga esse tipo de punição a primeira foi em julho e
atingiu 268 planos. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, dos 268 planos punidos no trimestre anterior, 223 não
conseguiram melhorar seus indicadores e permanecem com as vendas
suspensas por mais três meses.
Além
disso, o novo relatório incluiu 80 novos planos de 9 operadoras. Pelo
critério, portanto, 303 planos deveriam ser punidos nesta rodada.
Entretanto, dois deles conseguiram uma liminar da Justiça para não ter
as vendas suspensas. A ANS não pode divulgar no nome dos dois planos e
informou que está recorrendo contra a decisão.
O
diretor-presidente da ANS, Mauricio Ceschin, disse que os 301 planos
punidos atendem a 7,6% do total de beneficiários do país, que é de 3,6
milhões.
Ele relacionou o aumento no número de planos punidos
neste segundo relatório à alta nas reclamações de usuários. De acordo
com ele, a ANS atendeu a 10.144 queixas entre 19 de junho e 18 setembro,
contra cerca 4,6 mil do trimestre anterior.
O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, disse que, a partir do próximo trimestre, a ANS vai
tomar novas medidas contra planos e operadoras que acumulem três
suspensões seguidas.
Uma das ações em análise é a chamada direção
técnica, em que a agência estabelece um plano de reestruturação que deve
ser seguido pela operadora para melhora do seu atendimento, sob pena de
novas sanções.
Retomada
Das 37 operadoras que tiveram planos com comercialização suspensa em julho, oito (num total de 45 planos), vão poder voltar a comercializá-los agora por melhora na qualidade do atendimento.
Das 37 operadoras que tiveram planos com comercialização suspensa em julho, oito (num total de 45 planos), vão poder voltar a comercializá-los agora por melhora na qualidade do atendimento.
Suspensão das vendas
A suspensão das vendas não afeta o atendimento aos atuais usuários desses planos de saúde, mas impede a inclusão de novos clientes.
A suspensão das vendas não afeta o atendimento aos atuais usuários desses planos de saúde, mas impede a inclusão de novos clientes.
Uma resolução normativa
publicada em dezembro de 2011 estabeleceu tempo máximo para marcação de
exames, consultas e cirurgias. O prazo para uma consulta com um
clínico-geral, pediatra ou obstetra, por exemplo, não pode passar de
sete dias.
Para verificar o cumprimento da resolução, a ANS vem
monitorando os planos de saúde por meio de reclamações feitas em seus
canais de relacionamento. E, a cada três meses, publica um relatório.
São
punidas com a suspensão da venda todas as operadoras que atingiram, por
dois trimestres consecutivos, um índice de reclamação superior a 75% da
mediana do setor apurada pela ANS. A punição dura três meses, até que
um novo relatório seja divulgado.
Além da proibição, é aplicada
multa de R$ 80 mil por descumprimento da norma para cada reclamação
comprovada. Se for um caso de urgência ou emergência, a multa sobe para
R$ 100 mil. Existem hoje no país 1.016 operadoras ativas com
beneficiários de planos médicos e hospitalares.
Reclamações
O consumidor deve prestar atenção. Após tentar agendar o atendimento com os profissionais ou estabelecimentos de saúde credenciados e não obter sucesso dentro do prazo máximo previsto, deve entrar em contato com a operadora para uma alternativa. Nesse contato, a pessoa deve anotar o número de protocolo, que servirá como comprovante da solicitação.
O consumidor deve prestar atenção. Após tentar agendar o atendimento com os profissionais ou estabelecimentos de saúde credenciados e não obter sucesso dentro do prazo máximo previsto, deve entrar em contato com a operadora para uma alternativa. Nesse contato, a pessoa deve anotar o número de protocolo, que servirá como comprovante da solicitação.
Se
a operadora não oferecer solução, o consumidor deverá, tendo em mãos o
número do protocolo, fazer a denúncia à ANS por meio de um dos canais de
atendimento: Disque ANS (0800 701 9656), Central de Relacionamento no
site da agência ou ainda, presencialmente, em um dos 12 núcleos da ANS
nas principais capitais brasileiras.
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