terça-feira, 20 de maio de 2014

Receita de serviços cresce em todas as regiões, diz IBGE


A receita nominal dos serviços cresceu no mês de março em relação a igual mês de 2013 em todas as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média do País, o avanço da receita no período foi de 6,8%, sem descontar a inflação. Destacaram-se os estados do Mato Grosso, com avanço de 20,4% e o Distrito Federal, com alta de 20,3%.
Também tiveram crescimento de dois dígitos o Acre (15,1%), a Paraíba (11,5%), o Rio Grande do Norte (10,8%) e Amapá (10,6%). Outros seis Estados tiveram avanço superior à média, entre eles Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, a receita nominal dos serviços avançou em ritmo igual à média: 6,8% ante março de 2013. Em outras 14 regiões, contudo, a expansão foi menor do que a taxa geral, com destaque para Minas Gerais (2,4%), Roraima (1,2%) e Piauí e Rondônia, ambos com 0,7%.
Trimestre
No 1º trimestre do ano, a receita bruta nominal de serviços cresceu 8,7% em relação aos primeiros três meses de 2013, sem descontar a inflação do período. No quarto trimestre de 2013, a expansão havia sido de 8,6%, no mesmo tipo de comparação. Devido à série ainda recente, o instituto não divulga indicadores ajustados sazonalmente.
A maior taxa no primeiro trimestre deste ano foi registrada pelos serviços prestados às famílias, com avanço na receita de 12,0% em relação a igual período do ano passado. A receita de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio cresceu 10,7% no trimestre. Também registraram avanços no período serviços profissionais, administrativos e complementares (9,0%), serviços de informação e comunicação (6,6%) e outros serviços (5,5%).
Famílias
Os serviços prestados às famílias apresentaram, em março, crescimento de 10,0% na receita nominal sobre março de 2013. A taxa foi a maior entre os segmentos pesquisados pelo instituto na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e superior à média da atividade, que cresceu 6,8% no período.
O resultado, no entanto, representou uma desaceleração, já que o crescimento em fevereiro, segundo o mesmo tipo de comparação, havia sido de 13,3%. Em janeiro, a taxa também havia sido maior, de 13,0%.
"O crescimento menor da renda pode estar afetando, sim, embora o crescimento da massa salarial como um todo ainda seja bom. Em março contra março de 2013, a expansão foi de 4% em termos reais. Ainda é um crescimento bom", frisou o técnico Roberto Saldanha, da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
No acumulado do ano, a receita dos serviços prestados às famílias têm alta de 12,0%, e em 12 meses, de 11,1%. Segundo o técnico, embora o instituto ainda não divulgue resultados deflacionados, é possível inferir que há crescimento real, pois nenhum índice de inflação chegaria a essas taxas.
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