O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira, manter a taxa básica de juros (Selic) em 11% ao ano. Com isso, foi interrompido o ciclo de alta, iniciado em abril do ano passado. Já esperada pelo mercado, a decisão foi unânime e preservou, em parte, os rendimentos das cadernetas de poupança, que vem perdendo espaço para os fundos de investimento DI.
Esses fundos compram títulos pós-fixados, baseados na taxa de juros aplicada nos empréstimos interbancários, e estão mais atraentes do que a poupança, mesmo para o pequeno investidor, que tem entre mil reais e R$ 10 mil para investir.
Com essas quantias, é possível encontrar fundos com taxa de administração de até 2% ao ano. Nesse cenário, as rentabilidades superam os ganhos da caderneta, independentemente do prazo da aplicação.
Segundo simulações feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), mesmo os fundos com taxa de administração de 2,5% ao ano rendem mais do que a poupança, desde que o investidor mantenha o dinheiro investido por mais de um ano.
Os fundos têm taxas de administração anuais que variam de 0,5% a 3,5%, cobradas pelos bancos para gerir os recursos investidos. Além disso, o pequeno poupador deve prestar atenção à incidência de Imposto de Renda (IR) no saque desse tipo de investimento, que, ao contrário da caderneta, não é isento de tributação.
A decisão de manter a Selic decorreu do fato de a alta dos juros não ter controlado a inflação nos níveis em que se pretendia, além do ritmo fraco da atividade econômica e do câmbio na casa R$ 2,20, sem gerar pressões inflacionárias.
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