No Dia Mundial da Saúde lembrado hoje (7), a Organização Mundial da
Saúde (OMS) alertou para a importância da segurança alimentar. A
estimativa do órgão é que, todos os anos, 2 milhões de pessoas morrem
após ingerir comida e água contaminadas.
Os dados mostram que, em
2010, ocorreram pelo menos 582 milhões de casos de 22 tipos de doenças
de origem alimentar, além de 351 mil óbitos associados a esse tipo de
problema. Os agentes responsáveis pela maioria das mortes são a bactéria
salmonella (52 mil mortes), a bactéria E. coli (37 mil mortes) – Escherichia Coli, um tipo de bactéria que habita normalmente o intestino humano e o de alguns animais – e o norovírus (35 mil mortes).
Os
números indicam que a África é onde foi identificado o maior número de
casos de doenças de origem alimentar, seguido pelo Sudeste da Ásia. Mais
de 40% das pessoas atingidas por essas enfermidades, em 2010, eram
crianças menores de 5 anos.
Em nota, a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, destacou que a
produção de alimentos sofreu um forte processo de industrialização, com
distribuição globalizada, e que tais mudanças abrem caminho para a
contaminação por bactérias, vírus, parasitas e produtos químicos.
“Um
problema local de segurança alimentar pode rapidamente se tornar uma
emergência de ordem internacional. A investigação de um surto de doença
de origem alimentar é muito mais complicada quando uma única embalagem
de alimento contém ingredientes de diversos países”, disse Margareth
Chan.
Ainda de acordo com a OMS, alimentos contaminados podem
provocar mais de 200 tipos de doenças, desde diarreia ao câncer. Alguns
exemplos de alimentos considerados não-seguros incluem os mal cozidos de
origem animal, frutas e vegetais contaminados por fezes e mariscos
contendo biotoxinas.
O órgão cobrou que os esforços para prevenir
surtos de doenças de origem alimentar sejam reforçados por meio de
plataformas internacionais como a oferecida pela Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação que garante comunicação efetiva e
rápida em meio a emergências alimentares.
“O público tem papéis
importantes na promoção da segurança alimentar, desde praticar a higiene
correta dos alimentos e aprender a tratar alimentos específicos que
podem ser perigosos (como frango cru) até ler os rótulos das embalagens
ao comprar e preparar os alimentos”, destacou a OMS.
Fonte: Agência Brasil
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