Os aumentos registrados na pesquisa da cesta básica feita pelo Dieese no Rio de Janeiro são justamente nos ingredientes clássicos do café da manhã e almoço dos cariocas: leite, café, pão, arroz, feijão e carne. A nutricionista clínica Gisela Peres afirma que é possível substituir os alimentos por outros, tão nutritivos quanto, mas que essa tarefa é complicada para muitas famílias:
— As pessoas estão muito acostumadas, mas podem mudar a maneira que comem e experimentar novos pratos no dia a dia. Na internet, é possível procurar novas receitas que não excluem os ingredientes completamente, mas aumentam o rendimento.
Gisela lembra que incrementar as refeições com frutas, verduras e legumes é uma atitude saudável e econômica, já que diminui a quantidade de feijão e arroz necessária para satisfazer o consumidor.
Para contornar os efeitos da inflação, Daniel Plá, professor de varejo da FGV, recomenda que os consumidores não só adotem novos alimentos nos seus cardápios, como também desapeguem de rótulos:
— Trocar uma marca tradicional por uma mais barata garante muita economia, sem significar perder qualidade. Outra coisa é prestar atenção nas embalagens. O leite em pó, por exemplo, fica mais barato em sachê do que em latas.
O especialista da FGV destaca que o ideal é deixar para fazer compras na última semana do mês:
— Os comerciantes ficam desesperados nessa época, pois o movimento é menor, e fazem ótimas ofertas.
De acordo com Plá, comparar preços é fundamental para saber se optar por substitutos é mesmo um bom negócio:
— Os mercados utilizam a estratégia “boi de piranha”, ou seja, anunciam ofertas imperdíveis que atraem os consumidores. Se a promoção for boa mesmo, compre e estoque para os próximos meses, mas não caia na armadilha de fazer outras compras por impulso no estabelecimento.
Fonte: Extra
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