Estamos na véspera de mais um dia das crianças, que é comemorado no Brasil a cada 12 de outubro. Trata-se de mais uma data que impulsiona as vendas no comércio e que, coincidentemente, se insere no calendário de datas afetivas do brasileiro. O dia da criança vem depois do dia das mães, dos pais e antes do Natal. Se alguém reparar bem, a mais ou menos cada dois a três meses há uma data comemorativa que impulsiona os gastos das famílias. Você pode até não se sensibilizar com alguma delas, mas certamente o seu sentimento e o seu bolso serão atingidos por outra. Não existe ninguém que consiga passar incólume por todas essas datas, achando que isso tudo é só uma invenção do sistema para fazer o consumidor gastar.
Uma curiosidade é que o dia internacionalmente recomendado pela ONU para o dia das crianças é o 20 de novembro, data em que a UNICEF divulgou a Declaração Universal das Crianças em 1959. No Brasil, o 12 de outubro foi instituído por decreto anterior, de 1924, mas somente pegou, para valer, nos anos cinquenta a partir de uma campanha publicitária voltada para o consumo do público infantil.
O importante é considerar que na vida corrida de hoje, a maioria dos pais sempre se ressente de falta de tempo para dedicar aos filhos. Uma parcela deles tenta compensar essa mazela comprando presentes caros no dia das crianças. Nada contra a você gastar o seu dinheiro da forma que julgar mais adequada. Entretanto, é importante que o presente se insira dentro da realidade financeira do orçamento familiar. Se possível, ele pode fazer parte, ainda, do processo de educação da criança. Por exemplo, posso dar um aparelho de celular moderno de presente, mas vou estabelecer regras de tempo de navegação na internet e nas redes sociais.
Se a grana está curta, por outro lado, vale usar a criatividade e programar um feriado ao ar livre, um piquenique ou qualquer outra atividade familiar coletiva. O melhor item de consumo no dia da criança, independente de valor, ainda é o afeto entre pais e filhos.
Fonte: O Dia
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