quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Projeto de Lei propõe que embalagens de bebidas açucaradas tragam malefícios do consumo

refrigerante_crianca (Foto: shutterstock)Motivado pelos altos índices de obesidade no país, o senador José Medeiros (PPS-MT) criou o Projeto de Lei PLS 8/2015 que determina que as embalagens de bebidas açucaradas contenham advertência sobre os malefícios causados pelo consumo abusivo dos produtos.
De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde neste ano, 56,9% dos brasileiros com 18 anos ou mais estão acima do peso, o que representam cerca de 82 milhões de pessoas. Os números na fase adulta são reflexos de hábitos alimentares com alto teor de açúcar e gordura adquiridos ainda na infância: 60,8% das crianças menores de 2 anos comem biscoitos, bolachas e bolos e 32,3% já bebem refrigerantes ou sucos artificiais. Além disso, segundo a Sociedade Latino-Americana de Associações de Obesidade, nas últimas duas décadas o Brasil registrou um aumento de 239% nos casos de obesidade. Para Medeiros, dados como esses mostram que é preciso combater o uso indiscriminado de produtos que potencializem os números e sejam nocivos à saúde. 
Entre as justificativas do projeto, o senador cita a recomendação atual da Organização Mundial da Saúde sobre o consumo diário de açúcar, que não deve ultrapassar 10% das calorias ingeridas, com orientação para chegar a 5% (cerca de seis colheres de chá) do total consumido. Nessa conta, a atenção deve estar voltada ao açúcar “invisível” e não deve ser computado o que está presente naturalmente nas frutas, verduras, legumes e leite fresco, por exemplo. Segundo a Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares (POF) realizada no ano de 2008/09 pelo IBGE, a maior parte dos açúcares consumidos pelos brasileiros está oculta em alimentos ultraprocessados, como refeições prontas, temperos, sucos industrializados e refrigerantes.
A proposta teve parecer do senador Otto Alencar (PSD-BA) pela rejeição, mas, a pedido de Medeiros, o projeto agora está em audiência pública e internautas podem opinar sobre ele.
Fonte: Crescer

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