A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) recomendou a aprovação da compra do Citibank pelo
Itaú-Unibanco. O parecer recomenda que a operação seja aprovada
condicionada à celebração de um Acordo em Controle de Concentrações
(ACC) entre o Itaú e o Cade.
Segundo o Cade, o ACC foi elaborado
depois que a Superintendência-Geral analisou o mercado bancário
brasileiro e verificou a existência de impactos concorrenciais que
indicam baixa competição entre os bancos. “Nesse contexto, o órgão, ao
longo da instrução, buscou verificar se a aquisição do Citibank
aumentaria esses problemas encontrados no mercado, de modo a reduzir a
concorrência no setor”, diz o órgão.
A superintendência
considerou na análise diversos serviços prestados pelos bancos, como
depósito à vista e a prazo, crédito ao consumidor, cartão de crédito,
entre outros, para avaliar a sobreposição entre as partes envolvidas na
operação. “Durante a instrução, verificou-se que o mercado apresenta
diversos problemas competitivos, como baixa portabilidade, elevado
spread [diferença entre taxa de captação dos recursos pelos bancos e
juros cobrados dos clientes] bancário e altos índices de reclamação em
relação à qualidade dos serviços”, acrescenta.
A recomendação
segue para o Tribunal do Cade, responsável pela decisão final, que pode
acolher ou adotar outras medidas, como aprovação da operação, reprovação
ou ainda adoção de outros remédios concorrenciais que afastem os
problemas identificados.
O ato de concentração foi notificado em
março de 2017. O prazo legal para a decisão final do Cade é de 240 dias,
prorrogáveis por mais 90.
Fonte: Agência Brasil
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