Seis entidades do agronegócio pediram ontem (10) mudança “imediata” na
composição da vacina contra febre aftosa aplicada em todo rebanho
bovino do país. Segundo as instituições, a alteração é necessária para
evitar que reações continuem a trazer prejuízos ao produtor rural e às
indústrias frigoríficas do setor.
No documento, encaminhado ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as entidades pedem a
retirada de uma substância denominada saponina que foi adicionada na
composição da vacina oleosa. Segundo as instituições, a saponina não
estava prevista na formula original da vacina e relacionam a substância
“à exacerbada irritação no local da aplicação, que se agrava até casos
de edema e severa reação inflamatória, com consequente ocorrência de
abscessos [nódulo inchado cheio de pus]”. Até o momento, a pasta não se
pronunciou sobre o assunto.
As entidades pedem ainda a redução do
volume da dose, de 5 mililitros (ml) para 2 ml, e a aplicação
exclusivamente por via subcutânea para evitar “prejuízos desde o
descarte de carne [condenadas no abate] até embargos de importantes
países importadores de produtos cárneos”. As reivindicações ocorrem após
a suspensão pelos Estados Unidos
de todas as importações de carne fresca brasileira. Na ocasião, o
Ministério já atribuía os problemas comunicados pelo governo americano à
vacinação contra a febre aftosa, que poderia causar inflamações .
Estimativas
das entidades apontam que o produtor perde, em média, 2 quilos de carne
por animal abatido quando as lesões provocadas pela vacinação são
encontradas. O grupo de instituições do agronegócio afirma que a febre
aftosa “é a doença animal com maior impacto econômico na atividade
pecuária”.
A nota é assinada pela Confederação Nacional da
Agricultura (CNA); Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de
Carne (ABIEC); Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo);
Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT); Conselho Nacional da
Pecuária de Corte (CNPC); e Sociedade Rural Brasileira (SRB).
Fonte: EBC
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