O popular serviço de compartilhamento de fotos
Instagram recuou quanto a algumas mas não todas as controversas mudanças
em seus termos de serviço, depois de uma feroz reação de usuários, nos
últimos dias.
Em post no blog da empresa, quinta-feira, Kevin
Systrom, fundador e presidente-executivo do Instagram, pediu desculpas
por não ter "comunicado nossas intenções claramente". As mudanças nos
termos de serviço referentes a publicidade foram revertidas, ele
afirmou, e as normas anteriores à mudança, anunciadas na segunda-feira,
foram restauradas.
O Instagram, que permite que pessoas acrescentem filtros e
efeitos às suas fotos e as compartilhem facilmente via Internet, foi
adquirido alguns meses atrás pelo Facebook, por 715 milhões de dólares.
Alguns usuários do Instagram, entre os quais a revista
National Geographic, anunciaram que deixariam de usar o serviço, depois
das novas regras.
Os novos termos pareciam permitir que anunciantes do Instagram
exibissem fotos de usuário do serviço sem remuneração, mas a linguagem
dos termos de uso foi alterada na atualização de quinta-feira.
Os termos atualizados também não continham a controversa
cláusula afirmando que se menores de idade usassem o serviço, estaria
implícito que seus pais teriam concordado de forma tácita com os termos
do Instagram.
Mas as normas ainda contêm uma controversa cláusula de
arbitragem compulsória, ausente dos termos de serviço de outras
companhias importantes de mídia social como Twitter, Google, YouTube ou
mesmo o Facebook , que isentaria o Instagram de responsabilidade
judicial por muitos delitos, de acordo com especialistas jurídicos.
Os especialistas em Internet afirmam que o Instagram foi muito
agressivo em sua afirmação de direitos sobre as informações de
usuários, convidando quem discordasse da ideia a cancelar sua conta em
prazo de algumas semanas.
Os termos atualizados ainda afirmam que quem acessar o
Instagram estará aceitando os novos termos de uso, que vigorarão a
partir de 19 de janeiro.
A companhia também manteve termos que permitiriam que
colocasse anúncios junto de conteúdos gerado pelos usuários, e afirmando
que "nem sempre identificaremos serviços pagos, conteúdo patrocinado ou
comunicações comerciais como se o fossem".
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