sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Instagram recua quanto a alguns termos do serviço, depois de reação

O popular serviço de compartilhamento de fotos Instagram recuou quanto a algumas mas não todas as controversas mudanças em seus termos de serviço, depois de uma feroz reação de usuários, nos últimos dias.
Em post no blog da empresa, quinta-feira, Kevin Systrom, fundador e presidente-executivo do Instagram, pediu desculpas por não ter "comunicado nossas intenções claramente". As mudanças nos termos de serviço referentes a publicidade foram revertidas, ele afirmou, e as normas anteriores à mudança, anunciadas na segunda-feira, foram restauradas.
O Instagram, que permite que pessoas acrescentem filtros e efeitos às suas fotos e as compartilhem facilmente via Internet, foi adquirido alguns meses atrás pelo Facebook, por 715 milhões de dólares.
Alguns usuários do Instagram, entre os quais a revista National Geographic, anunciaram que deixariam de usar o serviço, depois das novas regras.
Os novos termos pareciam permitir que anunciantes do Instagram exibissem fotos de usuário do serviço sem remuneração, mas a linguagem dos termos de uso foi alterada na atualização de quinta-feira.
Os termos atualizados também não continham a controversa cláusula afirmando que se menores de idade usassem o serviço, estaria implícito que seus pais teriam concordado de forma tácita com os termos do Instagram.
Mas as normas ainda contêm uma controversa cláusula de arbitragem compulsória, ausente dos termos de serviço de outras companhias importantes de mídia social como Twitter, Google, YouTube ou mesmo o Facebook , que isentaria o Instagram de responsabilidade judicial por muitos delitos, de acordo com especialistas jurídicos.
Os especialistas em Internet afirmam que o Instagram foi muito agressivo em sua afirmação de direitos sobre as informações de usuários, convidando quem discordasse da ideia a cancelar sua conta em prazo de algumas semanas.
Os termos atualizados ainda afirmam que quem acessar o Instagram estará aceitando os novos termos de uso, que vigorarão a partir de 19 de janeiro.
A companhia também manteve termos que permitiriam que colocasse anúncios junto de conteúdos gerado pelos usuários, e afirmando que "nem sempre identificaremos serviços pagos, conteúdo patrocinado ou comunicações comerciais como se o fossem".

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