sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Tomando remédio à toa? Cuidado, pode ser muito perigoso!

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De impotência sexual a alterações no paladar, veja quais efeitos colaterais eles podem provocar em você.


Hoje em dia, com o avanço da medicina e da farmacologia, temos disponível, de uma maneira bastante fácil e sem necessidade de receituário, um arsenal de medicamentos tais como analgésicos, relaxantes musculares, calmantes naturais e anti-hipertensivos, que muitas vezes dispensam a necessidade de receituário médico. Por isso, fazemos o uso de alguns remédios por conta própria. Por mais inócuos que possam parecer, todo e qualquer medicamento pode apresentar efeitos adversos se usado de forma indevida e indiscriminada. Confira!
Os analgésicos, anti-inflamatórios e medicamentos usados para controle da febre, como por exemplo: dipirona (Novalgina©, Anador©), paracetamol (Tylenol©), diclofenaco de sódio (Voltarem©, Biofenac©) e nimesulide (Escarflan©), fazem parte de um grupo de medicamentos chamados anti-inflamatórios não esteroidais. Quando usados de forma excessiva, podem – por causar gastrite e úlceras no estômago – doenças que podem levar a muita dor na barriga.  Além disso, são remédios tóxicos para os rins e fígado. Algumas pessoas têm alergia a esses medicamentos, apresentando manifestações de hipersensibilidade na pele, dificuldade de respirar ou até choque anafilático (reação alérgica muito grave, que põe em risco a vida). A dipirona, em exclusivo, pode ainda causar um fenômeno chamado agranulocitose – alteração sanguínea que se caracteriza pela acentuada redução das células de defesa do organismo, podendo predispor o surgimento de infecções graves.
Não se deve fazer uso aleatório de anti-hipertensivo. O diagnóstico de hipertensão arterial (pressão alta) é feito pelo médico e a escolha do medicamento, também. Existem muitas classes de anti-hipertensivos no mercado. Cada paciente tem um perfil diferente e, portanto, critérios que se adaptam melhor à classe específica de remédio. Em relação aos efeitos adversos, a hidroclorotiazida, por exemplo, diurético muito utilizado no tratamento da hipertensão, pode elevar os níveis de açúcar e gordura no sangue, aumentando a propensão para o diabetes e colesterol alto. Pode ainda provocar desidratação e aumento dos níveis de ácido úrico no sangue. 
O captopril, por sua vez, pode causar, desde efeitos adversos leves, como tosse seca e alteração no paladar, até angioedema – reação alérgica que pode impedir a respiração.  A losartana apresenta efeitos adversos semelhantes ao captopril, mas não causa tosse seca. A nifedipina pode causar dor de cabeça, tontura e obstipação intestinal. O atenolol e propranolol também podem aumentar o risco de desenvolver ou piorar o diabetes e colesterol alto. Também podem causar fraqueza, impotência sexual e dificuldade respiratória em pessoas com asma ou DPOC (enfisema pulmonar).
A falsa concepção de que “medicamento natural, se não fizer bem, mal não faz” associada à cultura popular de utilização de “plantas medicinais”, o fácil acesso (“no quintal do vizinho”), baixo custo e dentro do contexto de automedicação incrementam o uso indiscriminado de fitoterápicos sem acompanhamento médico. Devemos lembrar que a planta, assim como os outros medicamentos, é um produto estranho ao organismo humano que pode produzir subprodutos potencialmente tóxicos à multiplicação das nossas células, ao fígado, estômago, rim e sistema nervoso. Além disso, aumenta o risco de superdose, interação com outros medicamentos, contaminação por agrotóxicos, metais pesados e micro-organismos. 
Um dos exemplos dos fitoterápicos, amplamente difundidos, são os “chás calmantes” que possuem diversos efeitos adversos, tais como a erva cidreira (Melissa officinalis L.) que pode causar torpor, cava-cava (Piper methirsticum) tremores, capim-santo (Cymbopogon citratus) desmaios, maracujina (Passiflora incarnata) torpor, náuseas e, chá verde – danos ao fígado e alfazema (Lavandula angustifólia) sonolência. Em caso de uso destas plantas deve-se ficar atento aos sintomas. Ao preparar os medicamentos prefira plantas colhidas há pouco tempo. Use apenas aquelas de eficácia comprovada cientificamente, não colha aquelas próximas a lixos, fossas ou beira de estrada, lave bem antes de usar e renovar o chá sempre a cada 24 horas. 

Lembre-se: TODA PLANTA MEDICINAL PODE SER TÓXICA se usada de forma inadequada.
Fonte: iBahia

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