Dieese aferiu aumento de preços em 13 cidades brasileiras; pequenas mudanças geram boa economia no orçamento
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) divulgou na última segunda-feira (14) um levantamento que
aponta alta dos preços da cesta básica em 13 capitais brasileiras no
mês de fevereiro. Macapá, Belém e Manaus foram as cidades que
registraram as altas mais significativas: 8,93%, 8,64% 4 7,92%,
respectivamente.
Especialistas aconselham consumidores a procurar ofertas e substituir marcas para economizar
O
preço da cesta básica em São Paulo sofreu uma queda de 1,10% entre
janeiro e fevereiro, e custou R$ 443,40, mas esse recuo não impediu que a
capital paulista ocupasse a primeira colocação na lista das 27 cidades
que têm as cestas básicas mais caras do Brasil. Na sequência, aparecem
Brasília, onde a cesta custa R$ 438,69, Manaus, cidade em que a cesta é
vendida a R$ 437,86, e Florianópolis, capital em que o custo da cesta é
de R$ 430,69.
Pensando nos consumidores das capitais que têm as
cestas básicas mais caras do país e nos brasileiros que vivem nas cidade
onde foi registrado aumento no custo do conjunto de alimentos básicos, o
iG consultou dois especialistas sobre como é possível esticar o salário e driblar esses altos preços.
Onde comprar
Será que ficar de olho nas promoções é o bastante? Fazer compras
em atacadões e estocar alimentos em casa é uma estratégia vantajosa
para todo mundo? Dar preferência a produtos sazonais é mesmo um bom
negócio?
De acordo com o coordenador do laboratório de Finanças do
Insper, Michel Viriato, comprar de forma coletiva é uma estratégia a
ser fortemente considerada. "Comprar nos atacadões é uma boa opção, mas
precisa ter cuidado para não ir sozinho, porque você pode comprar em
grandes quantidades e esses produtos podem passar da validade. No final
das contas, a economia pode sair cara". A dica então é fazer compras com
amigos, familiares e vizinhos.
Os supermercados de bairro podem
reservar grandes surpresas, por isso é indicado procurar por promoções
de curto prazo. "Fazer compras do mês pode sair caro, porque aqueles
produtos que você precisa adquirir podem estar com o preço mais alto no
dia em que você for fazer a compra mensal. Se você vai mais vezes ao
mercado, você pode achar mais promoções. Pequenas economias se somam e
formam um grande volume". Portanto, nada de jogar folhetos de
supermercados e mercadinhos no lixo antes de ler quais são as ofertas do
dia!
A dona de casa Maria das Graças Rosendo Gonçalves segue
esses conselhos à risca. Ela é responsável por abastecer a casa, onde
vivem também o marido, a filha e a neta, e vai diariamente ao mercado
para comprar os produtos de que a família precisa.
"Vale muito
mais a pena [ir ao mercado regularmente] do que fazer uma compra mensal
porque aproveito as promoções todos os dias. Acompanho as ofertas em
mais de dois mercados e vou à feira todas as quartas-feiras para
aproveitar os melhores preços", conta a recifense que vive em São Paulo.
Como comprar
Susbtituir
marcas mais caras por marcas mais baratas e não esquecer de levar uma
lista ao mercado com os itens a serem comprados também podem fazer o
salário esticar um pouquinho mais. Ao comprar apenas o que está na
lista, você não paga por produtos de que não precisa e não gasta mais do
que o planejado.
O professor de Economia do Ibmec/RJ, José
Ronaldo, acrescenta que é importante tentar trocar os alimentos que
estejam mais caros por produtos sazonais, que são mais baratos em
determinadas épocas do ano.
Agora se todas essas medidas não forem
suficientes, talvez a saída seja tentar economizar em outras áreas. "Em
último caso, a solução é encurtar outros gastos que sejam desnecessários, ou sejam menos importantes", indica Ronaldo.
Fonte: Brasil Econômico
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