As famílias brasileiras pretendem consumir menos neste mês de março,
revelou pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou queda
de 1,6% em março, na comparação com fevereiro, ficando em 77,5 pontos,
em uma escala de 0 a 200. O índice permanece menor que 100 pontos, ou
seja, abaixo do nível de indiferença.
Esse é o primeiro recuo de
intenção de consumo em 2016. “Em janeiro e fevereiro tivemos um pequeno
aumento, mas a tendência é de queda”, disse a assessora econômica da
CNC, Juliana Serapio. Na comparação anual, com março de 2015, o recuo
foi de 29,9%.
A queda mensal do índice foi influenciada
principalmente pelos componentes relacionados ao consumo – Nível de
Consumo Atual e Perspectiva de Consumo – que registraram queda de 4,4% e
2,3%%, respectivamente. A CNC também trabalha com os índices Emprego
Atual, Perspectiva Profissional, Renda Atual, Compra a Prazo e Momento
para Duráveis. Todos registraram queda nas comparações mensal e anual.
Para
Juliana, o pior componente, “há muito tempo”, é o item Momento para
Duráveis. “São itens de compra mais dependente de maior renda e que
possuem taxas maiores de juros”, explicou. O item apresentou queda de
2,2% na comparação mensal. Em relação ao mesmo período de 2015, o
componente recuou 46,2%.
Segundo a CNC, a maior parte das
famílias, 72,1%, considera o momento atual desfavorável para a aquisição
de duráveis. A previsão da confederação é que o volume de vendas do
varejo apresente retração de 4,2% em 2016.
A CNC destaca ainda
que o indicador Nível de Consumo Atual atingiu o menor valor da série,
iniciada em 2010, de 53,3 pontos. A maior parte das famílias, 59,2%,
declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado.
Consumo por regiões
Na base de comparação
mensal, os dados regionais revelaram que a maior retração da intenção de
consumo ocorreu na região Sul, com queda de 4,2%. Já a região Nordeste
foi a que apresentou a avaliação menos desfavorável, com queda de 0,6%.
Na comparação anual, o recuo foi maior na região Sudeste, com queda de
32,9%. Já a região Centro-Oeste teve a menor variação anual, com queda
de 21,6%.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário