Nos casos mais graves, os pródigos estão sujeitos até a interdição
A
crise tem nos feito (re)pensar nossa relação com o dinheiro.
Conversamos mais sobre isso com amigos, vizinhos e parentes e trocamos
experiências (positivas e negativas). Conversar sobre dinheiro ainda é
um tabu. Na frente de crianças, alguns até perdem o fôlego para tratar
desse assunto. Pode não ser fácil, mas esse tema deve ser abordado
dentro das famílias desde cedo. Afinal o dinheiro e suas limitações
devem ser compreendidos desde cedo pelas crianças. Não adianta fantasiar
que se pode ter tudo, pois, na realidade, não se pode.
Entender
essa complexidade é bom para o futuro das crianças e evita o surgimento
de uma legião de adultos endividados pelos mais variados motivos. Dentre
eles, chamo a atenção para os esbanjadores, perdulários ou pródigos.
São pessoas que parecem que vivem numa realidade distante. A coisa está
apertada para todos e eles continuam num padrão de consumo além das
possibilidades e sem condição nenhuma de ser sustentado no futuro. São
pessoas que não se preocupam com o dinheiro e com o futuro em nenhuma
intensidade. Deixam isso para outras pessoas ou para “depois”. Isso
acaba sendo desastroso.
Nos casos mais graves, os pródigos estão
sujeitos até a interdição. Isso ocorre, pois podem acabar com o
patrimônio todo de uma vida num ato só. Não pensam nas consequências e
acabam tendo que ser interditados, sob pena de se dizimarem
financeiramente de uma hora para a outra. Essas pessoas caminham, de uma
forma derradeira, para o precipício financeiro. Cedo ou tarde a
realidade de que o dinheiro não aceita desaforo vai surgir e cobrar um
preço muito caro de quem tenta desafiá-lo.
A experiência tem
demonstrado que o respeito ao dinheiro, gostando ou não dele, é uma
necessidade de sobrevivência de todas as pessoas. Por mais que seja
interessante se apropriar do cheque especial e do cartão de crédito como
um "aumento de renda", isto é equivocado e trata-se de uma prática
comum que pode levar você a um futuro desse sofrimento. Com o passar dos
anos, aumentam sensivelmente, por exemplo, as despesas com saúde de
forma quase astronômica e quem não se preparou lá atrás pode passar por
momentos de sufoco, tendo que depender de familiares ou terceiros para
suas necessidades mais imediatas. Recentemente uma matéria num jornal de
ampla circulação no Brasil que os custos dos planos de saúde
triplicarão nos próximos quinze anos.
As pessoas que gastam mais
do que ganham acabam entrando numa espiral muito negativa para o futuro.
Ao invés, de investirem, elas passam a ser reféns de cartão de crédito e
cheque especial. Isso, talvez, não cause muito prejuízo no curto prazo,
mas para os que fazem isso de uma forma contínua, o tempo chega e cobra
um preço incrivelmente alto pelo mau uso do dinheiro. É muito comum
caso de pessoas que tinha muito dinheiro há 20, 30 anos e hoje estão na
rua da amargura por falta de educação financeira.
Não caia nessa
armadilha também. Fique atento e proteja o seu dinheiro hoje e também o
seu futuro financeiro de médio e longo prazo. O dinheiro não aceita
desaforo. Não duvide disso.
Fonte: Administradores
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