A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) soltou milhares de mosquitos Aedes aegypti
em Niterói, nesta quarta-feira (26), com objetivo de combater os vírus
da dengue e da chikungunya. Os insetos foram inoculados com a bactéria
Wolbachia e a expectativa é que eles infectem outros mosquitos, que
ficarão estéreis, o que acarretará, aos poucos, na redução da população.
Os
mosquitos foram soltos nos bairros de São Francisco, Charitas,
Preventório e Grota. O método desenvolvido pela Fiocruz já foi adotado
em 2012, na Ilha do Governador, e em outros locais de Niterói, como
Jurujuba. Os resultados coletados pelos cientistas são satisfatórios.
A
Wolbachia vive apenas dentro de células, o que impõe limitações
significativas na sua capacidade de dispersão, uma vez que ela só pode
ser transmitida verticalmente, de mãe para filho, por meio do ovo da
fêmea de mosquito.
Fêmeas com Wolbachia sempre geram filhotes com
Wolbachia no processo de reprodução, seja ao se acasalar com machos sem
a bactéria ou machos com a bactéria. E, quando as fêmeas sem Wolbachia
se acasalam com machos com a Wolbachia, os óvulos fertilizados morrem.
Inicialmente,
a vantagem reprodutiva será pequena já que haverá poucos mosquitos com
Wolbachia na população total. Mas, com as sucessivas gerações, o número
de mosquitos machos e fêmeas com Wolbachia tende a aumentar até que a
população inteira de mosquitos tenha esta característica.
Fonte: EBC
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