O volume de dívidas em atraso de pessoas físicas caiu 4,42% em março
sobre o mesmo período de 2016, na menor variação da série histórica da
pesquisa iniciada em 2010 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O maior
recuo ocorreu no setor de comunicação (-18,10%), seguido do comércio
(-6,11%), serviços de água e luz (-1,53%) e bancos (-0,05%).
No
entanto, a grande concentração de inadimplência está no segmento onde a
retração foi mais inexpressiva: os bancos. Quase a metade das dívidas
(48,9%) é de pendências com as instituições bancárias. No comércio,
estão 20,5% dos débitos não quitados e, na área de comunicação, 13,9%.
Devedores crescem e são 59 milhões
Apesar
de ter caído o volume de dívidas, o total de inadimplentes cresceu no
primeiro trimestre, somando 59,2 milhões ante 58,7 milhões em igual
período de 2016. Esse universo equivale a 39,36% da população adulta,
entre 18 e 95 anos. A maior parte, mais da metade (50,12%), tem entre 30
e 39 anos.
O maior número de consumidores negativados (25,1
milhões) é da Região Sudeste, seguida pelo Nordeste, com 15,57 milhões;
Sul, com 8,34 milhões; Norte, com 5,31 milhões; e Centro-Oeste, com 4,84
milhões.
O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, observou,
porém, que diminuiu a intensidade do crescimento da inadimplência. “Essa
desaceleração ocorre desde o segundo trimestre de 2016 e reflete tanto a
recessão econômica, que reduziu a capacidade de pagamento das famílias,
quanto a redução da tomada de crédito por parte dos consumidores e sua
propensão a consumir. O consumidor tem tido maior cautela com compras,
além de maior dificuldade para conseguir crédito. Assim, ele se endivida
menos e, com isso, torna-se mais difícil ficar inadimplente”, disse.
Pinheiro
informou que, na comparação de março deste ano com março do ano
passado, o número de inadimplentes ficou 0,36% menor e que esta foi a
primeira queda anual desde 2010.
Fonte: EBC
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