O número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos
últimos 10 anos, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em
2016. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada hoje (17) pelo
Ministério da Saúde, revela ainda que as mulheres registram mais
diagnósticos da doença – o grupo passou de 6,3% para 9,9% no período,
contra índices de 4,6% e 7,8% registrados entre os homens.
Segundo
o estudo, o Rio de Janeiro é a capital brasileira com a maior
prevalência de diagnóstico médico de diabetes, com 10,4 casos para cada
100 mil habitantes. Em seguida, estão Natal e Belo Horizonte (ambos com
10,1), São Paulo (10), Vitória (9,7), Recife e Curitiba (ambos com 9,6).
Já Boa Vista é a capital brasileira com a menor prevalência de
diagnóstico da doença, com 5,3 casos para cada 100 mil habitantes.
O
levantamento revela que, no Brasil, o indicador de diabetes aumenta com
a idade e é quase três vezes maior entre os que têm menor escolaridade.
Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de
0,9%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 5,2% e, entre
os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 19,6%. O maior registro,
entretanto, é na população com 65 anos ou mais, que apresenta índice de
27,2%.
Já em relação à escolaridade, os que têm até oito anos de
estudo apresentam índice de diagnóstico de diabetes de 16,5%. O
percentual cai para 5,9% entre os brasileiros com nove a 11 anos de
estudo e para 4,6% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.
Hipertensão arterial
Ainda
de acordo com a pesquisa, o número de pessoas diagnosticadas com
hipertensão no país cresceu 14,2% na última década, passando de 22,5% em
2006 para 25,7% em 2016. As mulheres, novamente, registram mais
diagnósticos da doença – o grupo passou de 25,2% para 27,5% no período,
contra índices de 19,3% e 23,6% registrados entre homens.
O Rio
de Janeiro é a capital com a maior prevalência de diagnóstico médico de
hipertensão, com 31,7 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida
estão Recife (28,4), Porto Alegre (28,2), Belo Horizonte (27,8)Salvador
(27,4) e Natal (26,9). Já Palmas é a capital brasileira com a menor
prevalência de diagnósticos da doença, com 16,9 casos para cada 100 mil
habitantes.
Também no caso da hipertensão arterial, o indicador
aumenta com a idade e é maior entre os que apresentam menor
escolaridade. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o
índice é de 4%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de
19,1% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 49%. O
maior registro, entretanto, é na população com 65 anos ou mais, que
apresenta índice de 64,2%.
Em relação à escolaridade, os que têm
até oito anos de estudo apresentam índice de diagnóstico de hipertensão
de 41,8%. O percentual cai para 20,6% entre os brasileiros com nove a 11
anos de estudo e para 15% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.
Fonte: EBC
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