Os alimentos ficaram mais baratos
em agosto e trouxeram alívio ao bolso dos consumidores de baixa renda.
As tarifas de energia elétrica também deram uma trégua, e os preços das
roupas caíram. Diante desses impactos, o Índice de Preços ao Consumidor -
Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,06% no mês passado, bem menos do que a alta
de 0,68% em julho, segundo dados divulgados na manhã desta quinta-feira,
3, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Ao todo, quatro das oito
classes de despesa desaceleraram na passagem do mês, mas a principal
influência veio da Alimentação, que cedeu 0,36% em agosto após subir
0,94% no mês anterior. As hortaliças e legumes ficaram 10,76% mais
baratas, o que contribuiu para o movimento. Só o preço da batata-inglesa
caiu 19,07% em agosto, enquanto o tomate cedeu 15,54% e a cebola recuou
10,34%.
Além disso, perderam força os grupos Habitação (1,18%
para 0,18%), Vestuário (-0,21% para -0,26%) e Despesas Diversas (0,16%
para 0,12%). Os destaques individuais em cada classe foram,
respectivamente, tarifa de eletricidade residencial (3,80% para -0,83%),
roupas masculinas (0,80% para -0,53%) e alimentos para animais
domésticos (0,56% para -0,05%).
No
sentido contrário, ganharam força os grupos Transportes (0,13% para
0,42%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,59%), Educação, Leitura e
Recreação (0,03% para 0,34%) e Comunicação (0,08% para 0,10%). Nestas
classes de despesa, destacam-se os itens tarifa de ônibus urbano (0,05%
para 0,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,55% para 1,22%),
passagem aérea (-15,92% para 9,55%) e mensalidade para TV por assinatura
(0,79% para 1,75%), respectivamente.
Com o resultado de agosto, a
inflação da baixa renda inverteu a tendência dos últimos meses e ficou
menos pressionada do que o índice de preços válido para a média de todos
os consumidores brasileiros. O chamado IPC-Br subiu 0,22% no mês
passado.
Em 12 meses, contudo, o IPC-C1 segue acima da média de
inflação, com elevação de 10,37%. Já o IPC-Br tem alta de 9,73%. O
IPC-C1 capta preços percebidos por famílias com renda mensal entre 1 e
2,5 salários mínimos.
Fonte: O Estadão
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