A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), fechou março em 0,25%, com queda de 0,08 ponto
percentual em relação ao percentual ( 0,33%) de fevereiro e a menor taxa
já registrada para os meses de março desde 2012, quando atingiu 0,21%.
Com
o resultado, a inflação acumulada no primeiro trimestre de 2017 é de
0,96%, a menor taxa de toda a série histórica (não se levando em conta
as mudanças na moeda). No primeiro trimestre de 2016, o IPCA acumulado
era de 2,62%. A inflação dos últimos 12 meses é de 4,57%..
Os
dados relativos ao IPCA, indicador que serve de parâmetro para a meta
inflacionária fixada pelo Banco Central (BC), foram divulgados hoje (7),
no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Em março do ano passado, o IPCA havia variado 0,43%.
Energia elétrica tem impacto
Segundo
o IBGE, o principal impacto para a alta no índice de março foi a conta
de energia elétrica, que respondeu por 0,15 ponto percentual. A energia
elétrica subiu no mês 4,43% e levou o grupo habitação a registrar
elevação de 1,18%, a mais elevada variação de grupo.
Para o IBGE,
o resultado do item energia elétrica reflete a cobrança da bandeira
tarifária amarela no valor de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kwh)
consumidos, aliado também a aumentos ou reduções nas parcelas do
PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social), dependendo da região pesquisada.
Inflação por grupos
Além da alta de 4,43% na tarifa de energia elétrica, o que levou o
grupo Habitação a fechar com a maior taxa do mês (1,18%), também pesaram
nas despesas a elevação de 1,13% no preço do botijão de gás, tendo em
vista reflexos do reajuste médio de 9,8% no preço do produto nas
refinarias, a partir do dia 21 de março.
A segunda maior variação
veio do grupo Educação, que subiu 0,95%, mesmo com o grupo mostrando
recuo significativo em relação aos 5,04% do mês anterior. Enquanto os
preços da Educação caíram significativamente, os do grupo alimentação e
bebidas mostraram aceleração de 0,34% em março (em fevereiro houve
inflação negativa de 0,45%).
Segundo o IBGE, produtos importantes
na mesa do consumidor ficaram mais caros: leite longa vida (alta de
2,6%; café moído (1,89%); e pão francês (0,91%). Por outro lado,
alimentos como o feijão-preto (-9,11%), feijão-carioca (-5,59%) e
feijão-mulatinho (-4,50%). todos com deflação, ficaram mais baratos de
um mês para o outro.
Ainda a respeito da queda de preços entre
fevereiro e março, houve recuo em quatro dos nove grupos de produtos e
serviços, com destaque para transportes (-0,86%), comunicação (-0,63%),
artigos de residência (-0,29%) e vestuário (-0,12%), todos com inflação
negativa.
Variação por regiões
Quando
analisados por regiões, os números divulgados pelo IBGE indicam que a
inflação em março variou entre 0,66% em Fortaleza, e 0,04% (inflação
negativa) em Belo Horizonte.
Das 13 áreas envolvidas na pesquisa,
seis fecharam com taxas de inflação acima da média nacional de 0,25% e
sete com taxas menores do que a média nacional. Além de Fortaleza,
registraram taxas maiores Recife, com alta de 0,54%; Rio de Janeiro
(0,38%); São Paulo (0,31%) e Curitiba e Goiânia (alta de 0,27%).
No
sentido contrário, aparecem Porto Alegre, com alta de 0,24%; Campo
Grande (0,14%); Belém e Vitória (0,13%); Salvador (0,04%); Brasília
(-0,02%); e Belo Horizonte (-0,04%) – estas duas últimas cidades com
deflação de preços.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se
refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange
dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia,
Campo Grande e de Brasília.
Fonte: EBC
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